Com o objetivo de informar e sensibilizar a população sobre acessibilidade, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado do Amazonas (Sejusc) lançaram, nesta segunda-feira (15/05), no Palácio Rio Negro, plataformas com a oferta de cursos de capacitação voltados ao atendimento a Pessoas com Deficiência (PcD’s) ou mobilidade reduzida. A iniciativa é do “Mais Acesso”, projeto de extensão da universidade, que conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam).
Os cursos podem ser acessados pelo site www.maisacessoqualifica.com.br e por aplicativos de celular disponíveis para Android e iOS. Servidores do Estado do Amazonas e alunos da UEA poderão ter acesso aos treinamentos de forma gratuita. As inscrições já estão abertas e a previsão para o início das aulas é 20 de maio. O primeiro curso, que possui a carga horária de 30h, trata especificamente sobre o “Atendimento à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida”.
A coordenadora do projeto “Mais Acesso”, Prof.ª Dra. Marklea Ferst, explica que a UEA emitirá certificados aos participantes que concluírem o curso. Ela afirma que a qualificação busca ampliar, em grande escala, o número de pessoas capacitadas ao atendimento da pessoa com deficiência.
“No primeiro curso, os alunos poderão aprender a forma de atendimento adequada para cada tipo de deficiência. Esse tipo de iniciativa é importante, pois acreditamos que promover a acessibilidade é uma obrigação de todos os cidadãos. Por meio do Mais Acesso, mais pessoas poderão ter esse conhecimento, que é fundamental para o bem-estar da população com algum tipo de deficiência”, disse a professora.
Parceira da UEA no projeto com intermediação para existir a disponibilização do curso para atender todos os servidores do Estado de forma gratuita, a Sejusc teve os servidores que lidam diariamente com PcDs treinados no curso, como explica a secretária executiva da Pessoa com Deficiência, Leda Maia.
“É importante não só para nós, servidores, mas para toda a sociedade, porque muitas vezes a gente não sabe como atender uma pessoa com deficiência e, para garantir um bom atendimento, é importante ter a prática tanto com a pessoa que não tem deficiência, quanto com aquelas que têm. A Secretaria Executiva da Pessoa com Deficiência foi um dos primeiros órgãos a receber o treinamento do Mais Acesso”, frisou a secretária.
Egressa do curso de Pedagogia da UEA e deficiente visual, Beatriz Viana é voluntária do projeto Mais Acesso e contribui, diretamente, para a realização das atividades. “Eu sempre auxilio na testagem de publicações, para verificar se elas estão ou não acessíveis para pessoas com deficiência visual. Auxilio na audiodescrição dos produtos e acredito que, por meio do projeto, as pessoas com deficiência podem ser vistas como cidadãos, além da sua deficiência, vistas como um todo”, completou.
Políticas de inclusão
Representando o reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, a coordenadora de Assuntos Comunitários da UEA, Rárima Coelho, pontuou que o projeto tem fortalecido as ações de acessibilidade na sociedade. “Tivemos um treinamento com servidores na reitoria e iremos expandir essa capacitação. Contamos com o Comitê de Inclusão que também atua na promoção dessas políticas, que são importantíssimas. O lançamento de hoje é uma grande conquista”, comentou.
Em novembro, o projeto foi contemplado com um edital da Fapeam, que permitiu a criação do site e aplicativo. Na solenidade, esteve presente a diretora técnica-científica da fundação, Márcia Irene Andrade, representando a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales Mendes Silva.
Sobre o projeto
O “Mais Acesso” foi criado em 2012 com o objetivo de promover acessibilidade, inclusão e igualdade de oportunidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, além de ser uma referência em acessibilidade e proporcionar inclusão social e qualidade de vida a todo ser humano.
Atualmente, o projeto conta com 20 colaboradores, entre voluntários e bolsistas, que atuam no desenvolvimento de soluções digitais de ensino e aprendizagem para capacitação. São desenvolvidas atividades nas redes sociais Instagram e YouTube, além de ações como visitas guiadas a locais turísticos. Os cursos buscam promover o desenvolvimento social, a educação ambiental e o combate à toda forma de discriminação e exclusão.
FOTO: Daniel Brito/Ascom UEA