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Telegram está oficialmente fora do ar após bloqueio determinado pela Justiça

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Aplicativo de mensagens não entregou todos os dados sobre grupos neonazistas suspeitos de envolvimento em ataques a escolas, segundo PF.

O Telegram deixou de enviar e receber mensagens no Brasil nesta quarta-feira (26). O aplicativo ficou indisponível depois de uma ordem da Justiça para as operadoras Vivo, Claro, Tim e Oi, além de Google e Apple, que têm lojas de aplicativos.

A decisão foi tomada porque o Telegram não entregou todos os dados de grupos neonazistas que estão sob investigação da Polícia Federal.

Nas redes sociais, relatos de falha no Telegram se intensificaram após as 21h30 (horário de Brasília). O site Downdetector, que monitora o funcionamento de serviços na internet, registrou um pico de notificações sobre o aplicativo neste horário.

A ordem de bloqueio foi encaminhada para as empresas de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi. A Conexis, associação que representa as operadoras, afirmou em nota que elas “atenderam a ordem judicial nos termos legais”.

O Google e a Apple, responsáveis pela Play Store e a App Store também foram incluídas na decisão, mas, procuradas pelo g1, as companhias não comentaram o assunto.

Downdetector teve pico de notificações sobre o Telegram após as 21h30 desta quarta-feira (26) — Foto: Reprodução

Downdetector teve pico de notificações sobre o Telegram após as 21h30 desta quarta-feira (26) — Foto: Reprodução

Esta é a segunda vez que o Telegram recebe uma ordem de bloqueio no Brasil. Em 2022, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão após pedido da PF, que alegou que o aplicativo não forneceu dados de investigados por propagar discurso de ódio.

Dois dias depois, Moraes revogou a ordem de bloqueio sob a justificativa de que o aplicativo havia cumprido as determinações judiciais.

Por que o Telegram foi suspenso?

A PF solicitou ao Telegram dados sobre integrantes de grupos, inclusive neonazistas, que estariam incentivando atos violentos em escolas. O pedido foi aceito na quarta-feira (19) pela Justiça Federal do Espírito Santo.

O aplicativo chegou a entregar parte dos dados na sexta-feira (21), mas não forneceu números de telefone dos participantes de um grupo com conteúdo nazista.

Com o descumprimento da ordem, a Justiça aumentou a multa ao Telegram de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer as informações.

*Com informações G1

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