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Sobrinha de tio Paulo nega ter percebido morte no banco: ‘Não sou esse monstro’

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Erika Nunes chorou ao falar sobre a morte do tio Paulo no Fantástico deste domingo (5)

Três semanas depois de chocar o Brasil ao levar o tio morto até um banco para fazer um empréstimo, Erika Nunes quebrou o silêncio em entrevista ao Fantástico e chorou ao afirmar que não havia percebido que Paulo Roberto Braga tinha morrido. “Eu não sou a pessoa horrível que estão falando, eu não sou esse monstro”, desabafou, entre lágrimas.

A sobrinha do tio Paulo falou com a revista eletrônica da Globo depois de deixar a prisão na última quinta-feira (2). Ela passou 16 dias na cadeia, mas vai responder ao processo em liberdade. “Foram dias horríveis, longe da minha família. Muito difícil o que eu vivi. Foi horrível”, lamentou a mulher de 42 anos.

Erika contou que sua relação com Paulo era tranquila. “Ele era independente, andava, fazia o que ele queria, tinha uma mente boa. Ele não era cadeirante e eu não era cuidadora dele. Nunca fui”, explicou ela, que fez uma ressalva: “Ele bebia muito, era quietão, mas a gente sempre se deu bem”.

Segundo a sobrinha, ela sequer queria que o tio Paulo fizesse o empréstimo para financiar uma reforma na casa onde eles viviam. “Eu não precisava do dinheiro, mas ele que quis. Nós sempre vivemos sem meu tio ter renda. Minha família que sempre ajudou ele. Ele só fazia um biscate aqui, capinava um quintal aqui, outro ali, mas não tinha uma renda fixa.”

Questionada sobre o motivo de ter segurado a cabeça do tio ao entrar no banco, para que ela não ficasse caída, Erika justificou que foi um pedido do próprio parente. “Eu perguntei se estava melhor comigo segurando a cabeça dele, ele disse que sim”, contou. “Eu não percebi que meu tio estava morto, eu não vi. Ele segurou na porta do carro, ele estava vivo.”

A sobrinha também afirmou que não consegue se lembrar direito do que aconteceu no banco. “Não sei se foi efeito do remédio que eu tinha tomado naquele dia. Eu tomava de vez em quando. Como eu faço tratamento, eu tomava Zolpidem, tomava mais do que devia”, admitiu.

Ela ressaltou, no entanto, que as funcionárias do banco também não haviam percebido que Paulo estava morto. “Era impossível perceber que tinha algo errado com ele. Eu acho que nem eu nem muita gente percebeu que ele faleceu. Como você dá um papel pra um morto assinar? Se elas tivessem percebido algo, não dariam.”

Erika só entendeu que Paulo Roberto Braga não estava mais vivo quando um funcionário do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência) chamado para socorrer o homem lhe deu a notícia. “Eu pensei que ele fosse ter uma melhora, porque tinha sido só uma pneumonia. Ele tinha acabado de ter alta, se o médico deu alta, eu achei que estava tudo bem”, afirmou.

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