As articulações no Congresso para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro mudaram, mais uma vez, o jogo político da composição do colegiado. Agora, a presidência da comissão está nas mãos da Câmara e a relatoria, sob a jurisdição do Senado.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) é o mais cotado para ser o relator da CPMI. Inicialmente, o nome do senador Renan Calheiros (MDB-AL) era ventilado para o posto. Até o momento, contudo, Renan não foi procurado para conversar sobre o assunto. Para a oposição, seria melhor que Braga assumisse o posto, em vez do senador alagoano.
Já a presidência, que estava nas mãos do deputado federal André Fufuca (PP-MA), agora pode ficar com o também deputado Arthur Maia (União Brasil-BA). Fufuca confirmou que abdicou do posto. Maia informou que já conversa sobre a possibilidade de ser presidente.
Ainda que os possíveis nomes para a presidência não se confirmem, uma coisa é certa: o presidente da CPMI será do ‘superbloco’ do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele pretende comandar tudo o que acontece na comissão, ainda que de forma indireta.
Composição da CPMI do 8 de janeiro
Depois que o líder governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fez uma manobra para tirar uma cadeira do Bloco Vanguarda, a oposição ficou com duas vagas na CPMI.
Ao todo, serão 32 parlamentares titulares: 16 deputados e 16 senadores. O número de suplentes será igual para cada Casa. Confira a atual composição do Senado e da Câmara:
Senado
- PL e Novo (Bloco Vanguarda) − duas cadeiras;
- PSDB, Rede, Podemos, MDB, União e PDT (Bloco Democracia) − seis cadeiras;
- PT, PSB, Rede e PSD (Bloco Resistência Democrática) − seis cadeiras; e
- PP e Republicanos (Bloco Aliança) − duas cadeiras.
Câmara
- PL e Novo (Bloco Vanguarda) − duas cadeiras;
- PSDB, Rede, Podemos, MDB, União e PDT (Bloco Democracia) − seis cadeiras;
- PT, PSB, Rede e PSD (Bloco Resistência Democrática) − seis cadeiras; e
- PP e Republicanos (Bloco Aliança) − duas cadeiras.