A Polícia Federal (PF) apura ameaças de morte da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) a funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
O governo federal suspeita que um dos nove mortos nos últimos dias no território Yanomami seja integrante do PCC. Segundo essa linha de investigação, isso teria gerado as ameaças aos servidores públicos do Ibama e da Funai.
As ligações do PCC com o garimpo ilegal no território Yanomami são alertadas há tempos por especialistas. Um relatório do Instituto Socioambiental (ISA) em 2019 apontou que integrantes da organização criminosa atuam como seguranças privados do garimpo ilegal. O documento citou que, em 2021, integrantes do PCC atuaram diretamente na exploração de ouro ilegal em terra Yanomami, o que a entidade classificou de “narcogarimpo”.
A instabilidade do maior território indígena do país levou o governo Lula a temer pela segurança de uma missão das Nações Unidas que pretende visitar a área no domingo (7/5). A delegação é especializada na apuração de genocídios.