A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta quinta-feira (18/5), que a próxima geração de vacinas contra a Covid-19 tenha como alvo as linhagens mais recentes do coronavírus em sua composição, as descendentes XBB.1.
A orientação partiu do Grupo Consultivo Técnico da OMS para Composição de Vacinas Covid-19, após uma análise do desempenho dos imunizantes disponíveis atualmente, levando em consideração a evolução do vírus.
“A partir de maio de 2023, as linhagens descendentes de XBB.1 predominaram na circulação do coronavírus globalmente. A fim de melhorar a proteção, em particular contra a doença sintomática, novas formulações de vacinas devem ter como objetivo induzir respostas de anticorpos que neutralizem as linhagens descendentes de XBB”,
esclarece a OMS em comunicado.
As novas formulações devem ter como alvo as linhagens XBB.1.5 ou XBB.1.16, por exemplo. Outras formulações e/ou plataformas que alcançam respostas robustas de anticorpos neutralizantes contra descendentes de XBB também podem ser consideradas.
Cepa original do coronavírus
As vacinas bivalentes em uso atualmente, desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e Moderna, combinam a cepa original do coronavírus e a Ômicron BA.1 ou cepa original e Ômicron BA.4/BA.5.
O grupo da OMS sugere que as próximas composições não incluam a cepa original, uma vez que o vírus não circula mais entre as populações e estudos mostram que os imunizantes direcionados à ela produzem níveis muito baixos de anticorpos neutralizantes.
“A atualização da composição da vacina leva em consideração a evolução do vírus e das variantes circulantes e visa melhorar a proteção contra a doença sintomática”,
afirma a OMS em comunicado.
Até que as pesquisas caminhem e novos imunizantes sejam lançados, a população deve continuar a se vacinar com os que estão disponíveis. No Brasil, as pessoas que receberam a primeira e a segunda dose do esquema vacinal com imunizantes monovalentes devem receber o reforço com a Pfizer bivalente. “As vacinas atuais contra a Covid-19 continuam a ser altamente protetoras contra doenças graves e morte”, afirmam os especialistas.