O Ministério da Justiça vai investigar 1,5 mil denúncias de golpes recebidas pela ouvidoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2022. O presidente da instituição, Aloizio Mercadante, entregou, na quinta-feira 18, os pedidos ao ministro da Justiça, Flávio Dino.

Os documentos sugerem que estelionatários intermediaram negócios usando o nome do BNDES de maneira irregular. Dino afirmou que deve acionar a Polícia Federal para investigar os casos apresentados.

De acordo com o BNDES, mais de 90% das denúncias recebidas em 2022 tratavam desse tipo de golpe. No período entre o primeiro semestre de 2015, até o último dia do ano passado, as queixas de intermediação irregular de terceiros representavam quase 80% do total de acionamentos da ouvidoria.

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O futuro presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (à esq.), e o presidente eleito, Lula (à dir.), durante a indicação de Mercadante para comandar o banco – 13/12/2022 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Mercadante relatou ainda que em algumas das mensagens recebidas pelas vítimas havia endereços e telefones, além de números de contas bancárias que podem auxiliar na identificação dos suspeitos.

Em seu site oficial, o BNDES comunicou que não faz operações por meio de pessoas físicas e que todo e qualquer pedido de financiamento deverá ser feito diretamente com a instituição ou aos agentes financeiros credenciados.

E reforça ainda que “o BNDES não credencia nem indica consultores ou assessores como intermediários para facilitar, agilizar ou aprovar operações com o Banco, nem com as instituições financeiras credenciadas como repassadoras de seus recursos”.

Dívidas da Venezuela com o BNDES

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, falou sobre a possibilidade de a Venezuela pagar a dívida que tem com a instituição de uma forma diferente.

Em entrevista concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente da instituição, que é filiado ao PT, afirmou que o governo de Caracas sugeriu de, em vez em de envolver dinheiro, o “pagamento” em aberto com o BNDES ser feito por meio de fornecimento de energia elétrica e de petróleo.

A energia elétrica seria específica para Roraima, Estado brasileiro na fronteira com a Venezuela. Já o petróleo seria, nesse formato de negociação, repassado para todo o país.

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