O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), se encontrou com o presidente Lula (PT) em Brasília nesta terça-feira (12). O encontro, fora da agenda oficial do mandatário da nação, foi articulado pelo senador Omar Aziz (PSD), integrante da tropa de choque lulista no Congresso Nacional. A conversa, natural entre dois gestores, deixa, no entanto, alguns recados que apontam para as relações políticas atuais e articulações visando as eleições de 2026. A informação é da coluna Sem Mimimi do Blog do Botelho.
A primeira sinalização é de que David deixou de lado o discurso direitista que adotou nas eleições de 2022, quando apoiou Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, e decidiu escancarar que é um integrante do centrão fisiológico, que se move aos extremos ao sabor da conveniência do poder.
Basta lembrar que, quando quis se aproximar de Bolsonaro, afirmou que é conservador desde a infância – confundindo conservadorismo com propagação da fé cristã – e após Lula ser eleito fez elogios ao petista o chamando de estadista.
O outro recado desse encontro no Palácio do Planalto é que, pelo menos por enquanto, parece mesmo que o prefeito vai cumprir a promessa de terminar o mandato e consequentemente apoiar Omar na disputa pelo Governo do Estado daqui a dois anos. Até porque, se essa conversa não estivesse bem amarrada, certamente o senador não faria essa ponte do prefeito com o presidente.
Sobre a agenda, é certo que David apresentará demandas da capital amazonense e vai pleitear recursos federais diretamente com Lula. O que, independentemente de posicionamento político ideológico, está certo, afinal, um dos papéis do gestor público é buscar recursos para viabilizar investimentos.
Falando em visita, o presidente dos EUA, Joe Biden, estará em Manaus no próximo domingo (17). A informação foi confirmada pelo governador Wilson Lima (União), que destacou que a agenda será de quatro horas.
Em artigo de opinião publicado no jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro enfatizou que “os ventos da democracia” têm soprado “em direção e sentido bem definidos”: os da direita.
Baseando-se nos exemplos recentes da Argentina, dos Estados Unidos e das eleições municipais brasileiras, o líder conservador pontuou que “nada consegue conter a onda conservadora”, pois, “quando uma ganha a alma do povo, é inútil tentar matá-la”.
*Com infotrmações foconofato