São Paulo — Jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado, na tarde desta sexta-feira (8/11), durante um ataque a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana. Os tiros provocaram pânico e correria no saguão do maior aeroporto do país.
Segundo a polícia, o empresário voltava de Goiás com a namorada. Um filho de Gritzbach, acompanhado de quatro seguranças, foi até o aeroporto buscá-los. O empresário tinha acabado de desembarcar e estava do lado de fora do aeroporto quando foi baleado com um tiro de fuzil no rosto.
Além do empresário, pelo menos mais duas pessoas, sem relação com a vítima, foram feridas com tiros. Os policiais recolheram 29 cápsulas na cena do crime.Play Video
Gritzbach estava fora da prisão desde o ano passado, após ter fechado acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), homologado em segredo de Justiça.
Tentativa de assassinato
Esta não é a primeira vez que tentam matar Vinícius. Ele foi alvo de um atentado enquanto passava o Natal, no último ano, em família. Segundo a polícia, o empresário estava na sacada de seu apartamento, no Jardim Anália Franco, bairro nobre da zona leste, quando um disparo de arma de fogo foi feito em direção a ele.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, Gritzbach foi jurado de morte pelo PCC porque teria mandado matar dois integrantes da facção, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.
O duplo homicídio ocorreu em 27 de dezembro de 2021 e teria sido cometido em parceria com o agente penitenciário David Moreira da Silva. Noé Alves Schaum, denunciado por ser o executor dos membros do PCC, foi assassinado em 16 de janeiro de 2022.