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Covid-19 deve matar mais por causas cardiovasculares; entenda

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Problemas gerados pela doença em outros órgãos acarretam outras doenças

Como sabemos desde fevereiro de 2020, a Covid-19 provoca danos em várias partes do corpo e órgãos. Até hoje, ela vitimou quase sete milhões de pessoas.

Porém, esse número pode ser ainda maior, visto que a subnotificação desses óbitos varia de 10% a 1.000%.

O problema é que essa diferença nem sempre é por mortes causadas diretamente pelo vírus da Covid-19: justamente por poder fazer verdadeiro estrago no corpo humano, ela pode matar por outras formas além das pulmonares.

Por exemplo, sabe-se que ter tido um teste reagente aumenta em 100% as chances de infarto agudo do miocárdio (IAM) e em 60% de ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Um estudo com estadunidenses indicou haver excesso de óbitos em 5% por razões cardiovasculares entre 2020 e 2023. Tal aumento pode se prolongar por mais de um ano.

Contudo, vale dizer que esses 5% são enganosos. Afinal, a maior causa de mortes no planeta é cardiovascular. Em 2019, por exemplo, foram 19,6 milhões de mortes por essa razão.

No mundo, em decorrência indireta da Covid-19, estima-se que ocorreriam um milhão de óbitos a mais por motivos cardiovasculares anualmente. Tais mortes não são contabilizadas como sendo por Covid-19, pois ocorreram de forma tardia e sem vínculo direto entre as enfermidades.

Pode ser que o aumento no risco de doenças cardiovasculares induzidas pela Covid-19 se mantenha. Com essa hipótese se confirmando, ou ainda mesmo com a imunidade atuando em favor na diminuição desse risco, mas em ritmo menor ao se comparar com a letalidade das doenças pulmonar e respiratória em sua fase aguda, a longo prazo, a tendência é que o vírus mate mais por causas cardiovasculares.

A possibilidade é real, pois se observa algo semelhante em outras doenças infecto-contagiosas. Com a influenza, por exemplo, o risco de IAM é de seis a dez vezes maior na semana seguinte após a infecção por influenza. Já com o AVC, aumenta de três a oito vezes.

Vacina protege

A vacina voltada para influenza também pode reduzir em 18% o risco de óbito por motivos cardiovasculares. Já a voltada para a Covid-19 reduz o risco de IAM e AVC em duas vezes.

Medidas preventivas

Para prevenir, vale sempre ressaltar:

  • Evite a infecção, especialmente os que estão em maior vulnerabilidade e os que possuem comorbidades;
  • Estar em dia com a saúde cardiovascular para tratar fatores de risco, como:
    • Obesidade;
    • Sedentarismo;
    • Tabagismo;
    • Dislipidemia;
    • Doenças, como hipertensão e diabetes.

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