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União Europeia enviará caças para ajudar a Ucrânia

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Além de financiar armas e outros equipamentos, bloco deverá anunciar mais medidas para sufocar elite russa, que sustenta governo Putin

A União Europeia concordou em enviar aviões de caça para a Ucrânia, de acordo com informações repassadas pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

A decisão foi tomada depois que o bloco anunciou que vai financiar a compra e entrega de armas e outros equipamentos para a Ucrânia.

“O tabu caiu. O tabu de que a União Europeia não forneceria armas em uma guerra. Sim, nós estamos fazendo isso, porque essa guerra precisa do nosso engajamento para apoiar o exército ucraniano. Vivemos tempos sem precedentes. Estamos enfrentando a peste na guerra”, disse Borrell, neste domingo (27/2), em Bruxelas.

“Alvo na elite russa”

Josep Borrell é vice-presidente da Comissão Europeia. Ele informou ainda que novas sanções serão anunciadas pelo bloco nesta segunda-feira (28/2) e, desta vez, o alvo principal serão magnatas russos que dão sustentação a Putin.

“Queremos afetar a elite russa, que apoia Putin e se beneficia desse regime, e além desse pacote de sanções, temos outras sanções que focam em corrupção e desinformação”, disse Borrell. Ele se referiu a empresários que, segundo ele, “têm papel chave no governo de Putin, e que disseminam propaganda política e militar”.

Entre as sanções já em vigor está ainda a remoção de vários grandes bancos russos do sistema Swift, essencial para as transações financeiras e comerciais internacionais. Também ficam proibidas as transações do banco central russo.

Europeus, americanos, canadenses e japoneses também decidiram congelar todos os ativos do BC russo, para evitar que ele financie a guerra de Putin. Esse congelamento também incluí as contas de empresários russos.

Bloqueio aéreo

Mais cedo, a UE já havia anunciado outras medidas com o objetivo de isolar a Rússia. Entre elas, o fechamento do espaço aéreo dos 27 países do bloco para aviões russos.

O bloqueio vale tanto para aeronaves de companhias russas, quanto para jatos particulares. Essas aeronaves não poderão mais pousar, decolar ou sobrevoar o território da UE.

As sanções anunciadas até o momento abrangem ainda a Bielorússia, cujo presidente, Aleksandr Lukashenko, é apontado como cúmplice de Vladimir Putin no ataque à Ucrânia.

“Lukashenko cúmplice”

De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, essa é a primeira vez que a UE financiará a compra e entrega de armas e outros equipamentos a um país sob ataque.

“Este é um momento decisivo”, justificou apontando que as medidas são “contra o Kremlin e seu colaborador, o regime de Lukashenko. O regime de Lukashenko é cúmplice neste ataque vicioso contra a Ucrânia”.

A Bielorrússia ainda poderá ser impedida de exportar produtos para o bloco, entre eles combustíveis, minerais, tabaco, madeira, cimento, ferro e aço.

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