Rafael Maeda, 31 anos, morreu horas antes de prestar depoimento à polícia. Ele era conhecido como Japonês e tinha ligações com a facção criminosa PCC. O corpo foi encontrado na quinta-feira 4 no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, dentro de um Toyota Corolla. Entre as suspeitas da polícia, a de queima de arquivo, uma vez que era esperado que ele revelasse detalhes sobre o grupo criminoso.

O corpo tinha um ferimento à bala no lado esquerdo da cabeça. Dentro do veículo, os policiais apreenderam uma pistola Beretta, que estava caída perto da mão direita. Próximo ao automóvel, um projétil. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa não descarta nenhuma possibilidade, incluindo a de suicídio e registrou o caso como morte suspeita.

O Ministério Público de São Paulo acredita que Japonês era um dos chefões da facção criminosa, sendo responsável pelo “Tribunal do Crime do PCC”, de acordo com o portal UOL. Em depoimento, um policial militar revelou que o criminoso chegou a ter escolta particular feita por agentes da corporação que se referiam a ele como VIP — sigla em inglês para very important person (“pessoa muito importante”, em tradução livre).

Morador da região do Parque São Jorge, na Zona Leste de São Paulo, Japonês era piloto de automobilismo e ascendeu aos poucos dentro do PCC. Investigações indicam ele como “herdeiro” de Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, morto em 2018.

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