A noite desta terça-feira foi especial para o Vasco, que viu o projeto de transferência de potencial construtivo, que viabilizará a reforma de São Januário. Em conversa com os jornalistas, o presidente Pedrinho foi perguntado e respondeu sobre outras situações do clube, como a financeira. Segundo ele, a diretoria está tentando reestruturar financeiramente a SAF, que estaria, segundo ele, quebrada.

— A SAF está quebrada. Tem gente preocupada com aporte, mas a SAF está quebrada. E eu já sabia que isso aconteceria muito antes, por isso tivemos que fazer a intervenção com a liminar. As luvas estão atrasadas desde o ano passado. Minha relação com o Payet é ótima e a dívida que o Vasco tem com ele é de março, não fui eu (quem fez). Todos os compromissos que assumi estão sendo honrados. A SAF foi criada justamente para dar estabilidade através de uma empresa que seja saudável financeiramente e que passe saúde financeira para o clube. E isso não aconteceu.

Em relação aos salários do elenco, o presidente diz que serão mantidos em dia:

— Como o movimento foi identificado de uma forma muito antecipada, já estamos estruturando há muito tempo uma operação financeira para honrar todos os compromissos e dar estabilidade. É o que estou fazendo. Identificado o problema, estamos honrando com os salários em dia, pagamos luvas atrasadas e vamos continuar até o final do ano. O que estou levando para o clube é estabilidade financeira e de gestão.

Outro assunto abordado foi a negociação com Philippe Coutinho. Pedrinho diz que vê como natural o interesse de outros clubes no meia, mas que a vontade dele é retornar ao Vasco. A negociação segue progredindo:

— Está tudo construindo, andando muito bem. Ficamos muito ansiosos para que isso chegue logo no final, que eu espero que seja feliz.

Veja outras respostas do presidente do Vasco:

Pagamento de salários

Não estamos tendo desempenho esportivo por enquanto, esperamos que isso mude. Estou muito seguro de tudo que estou falando. Foi dito que a 777 aportava todo mês um dinheiro para pagar salários. Eu não vou fizer que é mentira para não ser duro, mas isso é uma informação errada. Se existisse investimento, teria que ser intercompany e constar no balanço patrimonial. Não consta, então é mentira. Se fosse feito um aporte para pagamentos mensais seria um absurdo, porque o aporte seria para contratar, investir, agredir as dívidas e não pra custear a folha salarial. Os adiantamentos acontecem desde o início do ano, ou melhor, quase desde a criação da SAF. “Ah isso, é um procedimento natural e recorrente no futebol”. Sim, quando era um clube associativo. Quando se torna um clube-empresa, não. Isso não pode ser recorrente, natural. Minha obrigação é honrar com compromissos. É isso que estou fazendo e vou fazer.

Recado ao mercado

Hoje, estamos com estabilidade. O mercado pode estar seguro. Estou avisando para o mercado de fora. Nós temos estabilidade. Mapeamos todo o cenário de atrasos de luvas, comissões, para poder começar a pagar todas as pessoas que a gente deve.

Problemas com Payet?

Nunca teve um pingo de problema na relação com o Payet. Pelo contrário, a relação é ótima. A gente identificou a questão das dívidas, isso que estamos elaborando. Mapeamos todas as dívidas, não só com Payet, mas com outros jogadores e empresários, para aí começar a sanear. Algumas, já consegui pagar. Luvas atrasadas, não é pagar em dia, (isso) estamos honrando. “Ah, mas Pedrinho, mas teve pagamento do PJ (pessoa jurídica) dos atletas que não foi feito”. Não foi culpa minha, que isso fique claro.

Negociações com Coutinho

É lógico que vai ser cobiçado, é um jogador muito acima da média. Mas um ponto muito positivo é que o Coutinho quer jogar no Vasco. O desejo dele é jogar no Vasco, é a primeira, segunda e terceira opção dele. Nós, vascaínos, queremos muito ele no Vasco. Tenho um carinho muito especial pelo Coutinho e pela família dele. Já fizemos a proposta, está sendo avaliada, fazendo alguns ajustes com toda a gestão esportiva dele. Ele está abrindo mão de muita coisa para vir para o Vasco. Estou fazendo um esforço absurdo para atendê-lo, para que a gente consiga chegar no final feliz. Está tudo construindo, andando muito bem. Ficamos muito ansiosos para que isso chegue logo no final, que eu espero que seja feliz.