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MS investiga caso suspeito de varíola dos macacos; é o 4º no país

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Secretária Estadual de Saúde afirmou, em nota, que um adolescente boliviano de 16 anos procurou atendimento médico

O governo do Mato Grosso do Sul confirmou que investiga um caso suspeito de varíola dos macacos em Corumbá, município distante 415 quilômetros de Campo Grande.

Nesta terça-feira (31/5), a Secretária Estadual de Saúde afirmou, em nota, que um adolescente boliviano de 16 anos procurou atendimento médico.

O jovem está isolado e em tratamento. Ele possui lesões avermelhadas pelo corpo, espalhando pela boca, região genital couro cabeludo e tórax, além de febre. Segundo a pasta, o adolescente mora em Porto Quijarro, na Bolívia.

O Mato Grosso do Sul é o quarto estado brasileiro a registrar caso suspeito da doença. Antes, Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já haviam detectado possíveis adoecimentos.

Dois possíveis casos de varíola dos macacos são investigados pelo Ministério da Saúde em Santa Catarina e no Ceará. Segundo o ministério, os pacientes estão isolados e em recuperação.

O Rio Grande do Sul investiga se um homem que desembarcou em Porto Alegre após retornar de Portugal, no dia 10 de maio, pode ter trazido a doença.

O mais recente panorama da Organização Mundial de Saúde (OMS) contabiliza 257 casos de varíola dos macacos em 20 países fora da África. Outros 120 ocorrências suspeitas estão sendo investigadas.

A doença já foi identificada em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, Portugal, Espanha, Irlanda do Norte, Argentina, Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Suécia, Áustria e Suíça.

Anvisa e Ministério da Saúde

Contra a doença, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos contra a transmissão da varíola dos macacos.

O Ministério da Saúde instalou, no dia 23 de maio, uma sala de situação para monitorar a possível chegada da varíola dos macacos no Brasil.

A doença

Doctor in rubber gloves applying cream to red rash of child closeup. Treating insect bites in children concept

A doença foi diagnosticada pela primeira vez em humanos em 1970 e, de acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente (homens gays ou bissexuais, em sua maioria), provavelmente é transmitida por meio do sexo sem proteção, ou mediante o contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração.

Os primeiros sintomas são febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão, calafrios e bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas até cair.

A varíola de macacos é transmitida, primariamente, por contato com esquilos ou macacos infectados e é mais comum em países africanos – antes do surto atual, só quatro países fora do continente já tinham identificado casos na história.

Os cientistas acreditam que a taxa de mortalidade da doença é semelhante à da primeira cepa da Covid-19, de 1 a cada 100 infectados.

Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a doença (que é considerada erradicada no mundo) também serve para evitar a contaminação. Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados.

Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo.

*Com informações metrópoles

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