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Legado milionário da Paralimpíada do Rio apodrece no Lago Paranoá, veja vídeo

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Embarcações encontram-se, atualmente, no Clube Cultural e Recreativo Nipo Brasileiro, no Setor de Clubes Esportivos Sul, sem uso há anos

Destinados ao uso de atletas com deficiência, dezenas de veleiros e botes avaliados em cerca de R$ 2 milhões usados nos Jogos Paralímpicos Rio-2016 se encontram em situação de abandono às margens do Lago Paranoá há pelo menos 5 anos.

De acordo com a denúncia do ex-coordenador técnico da Federação Brasiliense de Vela Adaptada Bruno Pohl, as embarcações foram requisitadas pelo atual presidente da federação, Mauro Osório, e desembarcaram na capital federal em 2017, onde, atualmente, encontram-se no Clube Cultural e Recreativo Nipo Brasileiro, no Setor de Clubes Esportivos Sul, sem uso.

https://twitter.com/manuelmenezes14/status/1490942201517740034?s=20&t=P3J_FkJweRXR_OrSrpF89A

“A principio, eu fui contra [trazer os barcos], pois não tínhamos espaço físico para deixar isso”, diz o ex-membro da federação. “Esse material está parado, sem uso. Dos 12 barcos que vieram, apenas três foram usados”, revela Bruno. “Atletas do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Santa Catarina chegaram a pleitear o uso, mas o material segue abandonado”.

“Esses barcos nunca foram usados em Brasília. São quase R$ 2 milhões abandonados ao longo do tempo. Esse material era para dar continuidade a vela adaptada no Brasil”, lamenta Bruno.

Outro lado

Mauro Osório, por sua vez, se isentou de qualquer responsabilidade e alega que os barcos passaram para responsabilidade da Confederação Brasileira de Vela (CBVela). “Desde 2020 esses barcos, que são de propriedade do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), passaram para a CBVela, no Rio de Janeiro, que, inclusive, abriu edital público para destinação dos barcos entres as federações”, conta Osório.

No entanto, de acordo com Mauro Osório, a CBVela até hoje não teria encerrado o processo previsto no edital”, revela.

“E não resolveu o que fazer com os barcos. A Federação Náutica de Brasília e a própria Federação Brasiliense de Vela Adaptada fizeram inscrição no edital para que fossem contempladas com alguns barcos. Atualmente, os barcos permanecem em Brasília”, confirma o presidente.

Metrópoles entrou em contato com a CBVela, mas até a última atualização desta reportagem não havia recebido respostas. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

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