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Idam participa de reunião para alinhamento da implementação do selo geográfico do abacaxi de Novo Remanso

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Certificação garante qualidade e procedência do fruto ao consumidor e promoverá a geração de emprego e renda para agricultores da localidade

O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) participou, nesta sexta-feira (13), de uma reunião técnica promovida pelo Fórum Amazonense de Indicações Geográficas e Marcos Coletivos para tratar da implementação do Selo Geográfico, modalidade que indica procedência da cadeia produtiva de abacaxi do Novo Remanso.

A Associação de Produtores de Abacaxi da Região de Novo Remanso (Encarem), que conta com produtores rurais das localidades do Engenho, Novo Remanso e São Francisco de Caramuri, na tríplice divisa dos municípios de Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Manaus, obteve o Selo de Indicação Geográfica (IG) em 2019, que segue em fase de implementação.

O encontro foi realizado na Unidade Local (Unloc) no Novo Remanso, braço do Idam que desenvolve as atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), e contou com a participação da equipe técnica do Idam, do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Sebrae e da Prefeitura de Itacoatiara.

Os agricultores receberam orientações técnicas dos profissionais para que seja feita a regularização da associação e para dar seguimento ao processo de implementação do selo na cadeia produtiva do abacaxi, como destacou a coordenadora do Projeto Prioritário do Abacaxi do Idam, a engenheira agrônoma, Sílvia Abreu.

“As ações de implementação do uso do selo estão previstas no Projeto Prioritário do Abacaxi, que consistem no fortalecimento da IG, por meio das atividades de Ater, na capacitação dos agricultores em gestão, empreendedorismo e nas boas práticas agrícolas e pós colheita, visando novos mercados, agregação de valor ao produto e consequentemente melhoria na qualidade de vida do agricultor”, disse.

Além da coordenadora do Projeto, também participaram do encontro, a representante do Idam no Fórum de Indicações Geográficas, Ana Cecília Nina Lobato, que realizou uma palestra para os agricultores rurais, e o supervisor da Gerência de Apoio às Organizações de Produtores, do Idam, Domingos Sávio Oliveira, que está auxiliando os produtores na regularização da associação, com capacitações para que os associados possam desenvolver o trabalho coletivamente.

Certificação
O abacaxi do Novo Remanso é reconhecido pelo sabor adocicado, baixa acidez e pela qualidade no processo de produção. O selo geográfico, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) deverá atribuir valor de mercado ao fruto local, promovendo assim, a geração de emprego e renda a mais de 800 agricultores familiares presentes no território de cerca de 1.200 hectares de abrangência na certificação.

Um dos produtores beneficiados pela certificação é o André Luís Pessoa, 39, que possui uma propriedade dedicada ao cultivo de abacaxis na comunidade Novo Remanso. Atualmente, o agricultor possui uma plantação com mais de 250 mil pés de abacaxis e destaca que a certificação coroa um trabalho desenvolvido há quase 50 anos na região e eleva a agricultura amazonense em nível nacional.

“O abacaxi Turiaçu que é produzido nessa região, eleva o estado ao terceiro maior produtor da região norte, sendo trabalhado somente na agricultura familiar. O IG para nós representa um marketing, um reconhecimento e, sobretudo, uma representatividade dessa produção que tende a destacar o potencial da produção desse fruto com grandes propriedades não só econômicas, mas nutricionais para o consumidor”, disse.

Além do abacaxi produzido no Novo Remanso, outros produtos amazonenses possuem o Selo Geográfico para garantir a qualidade da produção aos fornecedores e consumidores, são eles: o guaraná, em Maués; a farinha de mandioca, em Uarini; o pirarucu, em Mamirauá; e os peixes ornamentais, do Rio Negro.

O abacaxi do Novo Remanso também é reconhecido pela Lei Estadual n⁰ 5.306/2020, que declarou o cultivo do abacaxi dessa região Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Amazonas, devido a qualidade do fruto ter gerado um diferencial no mercado a ponto de receber reconhecimento em todo estado.

Fotos: Rita Ferreira / Idam

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