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Ida de Alberto Neto ao segundo turno revela desmoralização completa dos institutos de pesquisa em Manaus

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A surpreendente ida de Alberto Neto (PL) ao segundo turno das eleições municipais em Manaus expôs uma crise de credibilidade entre os institutos de pesquisa. Aproximadamente 15 institutos erraram drasticamente suas projeções, indicando um cenário que se revelou completamente diferente da realidade das urnas. A maioria esmagadora das pesquisas — cerca de 99% — afirmava categoricamente que o atual prefeito David Almeida (Avante) e o candidato Roberto Cidade (União Brasil) protagonizariam o segundo turno.

Essas previsões baseavam-se em uma margem supostamente segura que Cidade mantinha em relação aos demais concorrentes. Alberto Neto, segundo todas as pesquisas, estava entre 4 e 7 pontos percentuais atrás de Roberto Cidade, uma diferença que os analistas classificaram como praticamente insuperável. A possibilidade de Neto avançar para o segundo turno era tida como remota. No entanto, os resultados oficiais desafiaram essas previsões: Neto não só conseguiu chegar ao segundo turno, como o fez com uma margem significativa de 8 pontos percentuais à frente de Cidade, que terminou a disputa na quarta colocação.

Um dos poucos institutos que captou a ascensão de Alberto Neto foi o Quaest, contratado pela Rede Amazônica na véspera das eleições. No entanto, mesmo essa pesquisa indicava uma margem apertada de apenas 1 ponto percentual entre Neto e Cidade, um erro considerável frente ao resultado real. Enquanto a maioria dos institutos de pesquisa apontava um máximo de 19% de intenção de voto para Neto, ele terminou o primeiro turno com expressivos 25% dos votos, deixando Amom Mandel (Cidadania) em terceiro lugar, cinco pontos atrás.

A discrepância entre as projeções dos institutos e o resultado final das urnas em Manaus levanta questões sérias sobre a metodologia aplicada, a qualidade das amostras e a interpretação dos dados, afetando a confiança pública nas pesquisas eleitorais. O cenário inesperado deste primeiro turno certamente provocará um debate sobre a eficiência e a imparcialidade dessas instituições na condução de suas análises futuras.

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