Brasil – ”Uma verdadeira cena de filme de terror”, é assim que está sendo descrito pelos familiares o caso da mulher trans que foi esquartejada na última quarta-feira (7) no Rio de Janeiro. O principal suspeito foi identificado, se justificou e contou até detalhes sobre o crime.
O suposto assassino de Tailla, a mulher trans de 31 anos, foi apontado como o ex-presidiário, Thiago Salgado, que supostamente saiu há cerca de um mês da penitenciária e estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele respondia pelos crimes de homicídios, roubo e tráfico de drogas.
Thiago teria contratado Tailla para um programa sexual em sua casa na quinta-feira (5), por meio de um site onde ela oferecia os serviços. Desde então, Tailla não foi mais vista.
Com a repercussão do caso, Thiago fugiu e supostamente se pronunciou por meio de suas redes sociais onde acabou confessando o crime e alegando que agiu em legítima defesa.
Em seu relato, ele conta que a vítima fez algo que não poderia ser feito e com isso acabou dando um tapa nela, quando ela teria reagido e puxado uma espécie de cortante contra ele.
”Apenas me defendi, corri pra cozinha e peguei uma faca. Eu não premeditei nada, porque eu faria uma coisa dessas em minha própria casa? Eu estava tentando recomeçar a minha vida”, disse o suspeito.
A prima da vítima conta que a mãe de Tailla ainda deu de cara com o suspeito no local do crime e ainda o questionou sobre ela, mas ele disse que não a conhecia e estava saindo para tomar cachaça.
”Ele disse ‘não fiz nada, nem conheço ela’ e fugiu, Ele falou que ia tomar cachaça e saiu correndo de lá”, conta.
Os familiares da vítima contam que ao chegarem no local do crime, a polícia encontrou serrote, facão, enxada e carrinho de mão.
”Ele tava cavando para enterrar ela, tava tudo lá já. Ele já tinha começado a cavar. O carrinho de mão tava do lado do corpo que ele ensacou”, conta a prima de Tailla.
RELEMBRE O CASO
Tailla trabalhava como garota de programa e oferecia seus atendimento por um site. Ela foi vista pela última vez pegando um carro de transporte por aplicativo em frente de casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo parentes, ela tinha ido atender um cliente e não fez mais contato. Familiares da vítima conseguiram descobrir o endereço do atendimento e foram até o local, em Vigário Geral, onde encontraram a vítima esquartejada e o suspeito no local, que acabou fugindo.
No local foram encontrados um serrote, um facão – que teriam sido usados para esquartejar Taila – e uma pá e carrinho de mão, que seriam usados em um enterro.
O caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias) e está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.
*Com informações CM7