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David Almeida transfere responsabilidade por problemas de Manaus para o governador

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Nas últimas semanas, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), tem repetidamente transferido a responsabilidade pelos principais problemas da cidade para outras esferas de governo, numa tentativa de se eximir de culpa e ganhar terreno eleitoral.

Em diversas entrevistas e publicações nas redes sociais, Almeida tem evitado assumir qualquer responsabilidade pelos desafios enfrentados pela capital amazonense, como apontou o jornalista Thiago Botelho em sua coluna Sem Mimimi, nesta quarta-feira (13).

“Tem sido assim com a segurança pública, saúde e, mais recentemente, com a questão da fumaça, que voltou a atormentar os manauaras”, comentou Botelho.

Na última segunda-feira (12), durante uma coletiva de imprensa, o prefeito anunciou a mudança do status de Manaus de “normal” para “mobilização” em razão da fumaça que encobre a cidade há três dias, atribuindo a culpa às ineficiências dos governos federal e estadual no combate às queimadas.

“Em que pese os focos de incêndio tenham sido registrados nos municípios do interior e não na capital, é fato que a estrutura da prefeitura, que é de competência administrativa de David, é ineficiente”, avaliou.

Para contextualizar, a SemmasClima, secretaria municipal responsável pelo Meio Ambiente, recebeu apenas 0,32% do total do orçamento da Prefeitura para 2024, o que equivale a cerca de R$ 23 milhões. Isso evidencia a falta de recursos dedicados à prevenção de desastres ambientais e à preservação do meio ambiente.

A realidade poderia ser ainda mais crítica se Manaus enfrentasse queimadas urbanas frequentes, como ocorre no interior do estado. A estrutura insuficiente da prefeitura seria incapaz de lidar com um problema dessa magnitude.

“Durante a convenção que homologou sua candidatura à reeleição, David Almeida vociferou que as principais dores de cabeça dos moradores de Manaus são a segurança pública e a saúde, que, segundo ele, não lhes diz respeito”, destacou Botelho.

No entanto, a prefeitura poderia contribuir significativamente em ambas as áreas. No caso da segurança pública, aumentar o efetivo da Guarda Civil Municipal e armar seus membros permitiria que eles auxiliassem na vigilância de locais públicos, como terminais de ônibus, parques e praças. Já na saúde, se o município mantivesse unidades funcionando 24 horas e aos finais de semana, a pressão sobre os hospitais estaduais seria aliviada.

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