O prefeito de Manaus David Almeida (Avante) disse nesta quarta-feira (17) ao portal Estado Político que o interesse político de grupos opositores dificulta o diálogo com a Câmara Municipal de Manaus (CMM).
O prefeito deu dois exemplos da contaminação do diálogo entre os dois poderes pelo processo eleitoral. Em primeiro lugar, a dificuldade de aprovar a alteração de uma alínea no projeto do empréstimo de R$ 580 milhões. E, em segundo, a indicação de que o Parlamento vai abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar gastos de comunicação às vésperas das eleições municipais.
“Os vereadores proponentes são todos ligados a candidatos que são opositores à Prefeitura de Manaus e a conotação é exatamente essa [política]. Está no âmbito da Justiça, a Justiça está investigando. Nós não temos nada a temer, vamos prestar todos os esclarecimentos necessários, mas se você olhar são vereadores ligados a candidaturas contrárias à da prefeitura”,
Os vereadores que propuseram a CPI e coletaram assinaturas foram William Alemão (Cidadania), Capitão Carpê (PL), Rodrigo Guedes (Progressistas).
O Cidadania, de Alemão, tem como pré-candidato a prefeito o deputado federal Amom Mandel, ferrenho adversário de David Almeida. O PL de Carpê defende a pré-candidatura do deputado federal Alberto Neto. E o Progressistas de Rodrigo Guedes está no palanque do pré-candidato e deputado estadual Roberto Cidade (União).
Além de Alemão, Rodrigo e Carpê, assinaram o requerimento da CPI todos os vereadores da base do União Brasil, composta pelos parlamentares Diego Afonso, Everton Assis e professora Jaqueline. E também Thaysa Lippy (PRD), Jaildo Silva (PV), Lissandro Breval (Progressistas), Glória Carrate (PSB), Elissandro Bessa (PSB), Marcelo Serafim (PSB), Raiff Matos (PL) e o presidente da Casa, Caio André (União).
