O pedido de um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da chacina de Pau D’arco, no Pará, terminou em confusão na reunião desta quarta-feira (24/5) da CPI do MST, na Câmara do Deputados. Bolsonaristas protestaram contra a homenagem feita por parlamentares governistas e a discussão foi subindo de tom até que a sala fosse tomada por gritos e xingamentos, dificultando o andamento da sessão.
A solicitação de um minuto de silêncio em memória das vítimas foi feita pela deputada Talíria Petrone (PSol-RJ). Em seguida, Eder Mauro (PL-PA) reclamou: “Para bandido eu não dou um minuto. Bandido é na cadeia ou embaixo da terra”.
O presidente da CPI do MST, tenente coronel Zucco (Republicanos-RS), indeferiu o pedido de um minuto de silêncio. O episódio chama a atenção porque, de de acordo com parlamentares presentes, a recusa dessa natureza é inédita na Câmara dos Deputados.
Apesar da negativa de Zucco, Talíria, ao lado da correligionária Samia Bomfim (SP), começou a citar os nomes dos dez mortos na chacina. A cada nome, enquanto os governistas gritavam “presente”, o bolsonarista Mauro respondia: “É bandido”.
Confira:
O inquérito sobre a chacina de Pau D’arco aberto pela polícia para apontar os mandantes dos assassinatos foi encerrado sem apontar suspeitos. O crime ocorreu na fazenda Santa Lúcia, no sudeste do Pará. Ao todo, 17 policiais foram denunciados, acusados de homicídio, tortura, associação criminosa e fraude processual, mas nenhum foi preso.
Convidados
Apesar das discussões, houve acordo para transformar todos os requerimentos de convocação em convite. Dessa forma, foram convidados a falar na CPI do MST:
- Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo
- Raul Jungman, ex-ministro da Reforma Agrária
- Carlos Fávaro, ministro da Agricultura
- Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário.
*Com informações metrópoles