A fase do Botafogo, que nesta quinta venceu o Corinthians por 3 a 0, é tão especial que alguns números deste início de Brasileiro já superam o de campanhas inteiras passadas. O triunfo sobre a equipe paulista no Nilton Santos marcou a quinta vitória em cinco jogos disputados. Para se ter uma ideia do que isso representa, este foi o total de vitórias do alvinegro na edição de 2020, última vez que disputou a Série A na era pré-SAF.

Naquela ocasião, o Botafogo fez a pior campanha no Brasileiro desde 2006, quando o torneio passou a ser disputado por 20 clubes no sistema de pontos corridos. Foram cinco vitórias, 12 empates e 21 derrotas. Um aproveitamento de meros 23,68% que terminou em rebaixamento e em nada lembra os atuais 100% que fazem do time o líder do campeonato e tanto empolgam a torcida.

O Botafogo ainda atingiu um feito inédito, pois nunca havia largado no Brasileiro com cinco vitórias seguidas. Na comparação com outras equipes, a última a alcançar este feito foi o São Paulo, em 2011.

Para completar os feitos, o time ainda saiu de campo com o novo artilheiro do Brasileiro. Autor de dois dos três gols da noite, Tiquinho chegou aos cinco e tomou o posto de Raphael Veiga (com quatro). A última vez que o Botafogo teve o goleador do torneio foi em 1995, com Túlio Maravilha. Resta saber se o atual camisa 9 manterá a boa pontaria até o fim.

Vitória com tranquilidade

A vitória sobre o Corinthians foi conquistada com relativa facilidade. Tiquinho Soares abriu o placar logo aos 11 minutos de jogo. O gol desestabilizou o adversário, que até fazia um início de jogo equilibrado.

Com a vantagem no placar, o Botafogo passou a trocar passes com tranquilidade, na espera de que o Corinthians se expusesse em busca do empate, o que não ocorreu no primeiro tempo.

Após o intervalo, o time de Vanderlei Luxemburgo apresentou mais intensidade para tentar empatar. Mas acabou caindo na armadilha de Luís Castro. Na base dos contra-ataques em velocidade, o Botafogo marcou mais duas vezes. Primeiro com Tiquinho, convertendo pênalti sofrido por Victor Sá. E, por fim, com Eduardo, que aos 36 concluiu uma bela troca de passes envolvendo ainda Tchê Tchê e Matías Segovia.

A vitória com tanta autoridade acompanhada de boa atuação levou as arquibancadas à loucura. Na reta final, os torcedores gritaram ‘olé’ a cada passe trocado e ainda exaltaram o nome de Luís Castro.

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