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ARTIGO: Eleições para Prefeitura de Manaus 2024, mostra um Prenúncio de Pancadaria Generalizada

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Os pré-candidatos a prefeito de Manaus em 2024 já estão sinalizando como será o nível da campanha: uma disputa onde, do pescoço pra baixo, tudo virou canela.

Por: Fred Melo

Os cinco nomes que estão assumindo o protagonismo nessa eleição sabem que o jogo será duro, desleal e que apenas as armas convencionais não surtirão efeito. Ninguém será poupado nesta verdadeira guerra pelo comando da mais importante capital do Norte do Brasil.

David Almeida, que vai tentar a reeleição, teve a proeza de transformar sua gestão num verdadeiro desastre. Conseguiu, com seus exímios talentos, tornar-se um dos políticos mais rejeitados do estado em um período de quatro anos. Seu estilo arrogante, prepotente e desastrado de conduzir a cidade, aliado à fama de “prometer como nunca e não cumprir nada como sempre”, fez com que ele passasse de favorito destacado para um candidato com enorme potencial de ser derrotado de forma acachapante.

David corre riscos até de não ir para o segundo turno. Indo, suas chances de vitória são remotas. Sua gestão foi marcada pela idolatria ao ego, com festas, eventos, pinturas cafonas e caríssimas. David viu sua rejeição chegar a níveis inimagináveis às vésperas da eleição e, agora, não há mais tempo para reverter a situação. Será disso para pior.

Amom Mandel continua aparecendo em todas as pesquisas com, no mínimo, 25% das intenções de votos, oscilando, em um ano, entre o primeiro e o segundo lugar. Isso mostra que o jovem prodígio tem eleitorado cativo em Manaus. Ele não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, é simplesmente #EuSouAmom, com um jeito próprio e peculiaridades que caíram nas graças de um quarto do eleitorado de Manaus. 

Se conseguir superar as desconfianças da classe empresarial e a sua “inexperiência” for desconsiderada, é, no meu entendimento, favorito para a cadeira de prefeito. Seria uma verdadeira revolução na história política de Manaus. Amom é aguerrido, criativo, faz confusão, gera notícia, tem foco, usa a internet como poucos e parte para o enfrentamento. É disso que o povo gosta.

Alberto Neto, candidato do PL e de Bolsonaro, maior cabo eleitoral do Brasil, ainda não conseguiu empolgar nem encantar. O eleitorado de Manaus, de maioria ampla bolsonarista, ainda não vê na sua figura um autêntico representante da direita.

Mas quando o assunto é a força e poder de influência do ex-presidente, tudo é possível de acontecer, até mesmo superar todas as expectativas e ir para o segundo turno, onde certamente Alberto Neto teria vitória certa contra qualquer adversário. O difícil é chegar, mas, se conseguir, ganha a eleição. O candidato parece ser muito educado, gentil e elegante para convencer uma direita que gosta do ringue livre e do vale tudo. Pode ser que seja, mas ainda não é.

Roberto Cidade tem a força da máquina estadual, apoio do governador Wilson Lima, da Aleam e de grande parte da CMM, mas ainda assim não está encarnando a rebeldia que Manaus gosta. A sua pré-campanha está morna, nem quente e nem fria, não encanta, não convence.

Ele não gosta de dar entrevistas, tem uma comunicação fraca e precisa sair para as ruas, andar, caminhar, almoçar no mercado, ir às feiras, apertar a mão das pessoas, aumentar sua curva do conhecimento, ser realmente popular de forma espontânea, endurecer a fala, engrossar a cobrança ao atual prefeito e partir até para a brutalidade nos seus posicionamentos. Cidade não é Wilson Lima e o seu marketing político parece querer repetir uma fórmula que deu certo com um em 2022 e, até agora, está dando errado com o outro em 2024.

Marcelo Ramos é uma figura controversa. Começou sua carreira política no PCdoB, foi para o PSB, migrou para o PL de Bolsonaro, acreditem, esteve no PSD de Omar Aziz e agora foi para o PT. Anda de Land Rover Defender e está sem trava na língua. Vem com a missão de atrair a esquerda para a sua candidatura e tirá-la do foco do atual prefeito David Almeida. 

Ex-presidente da Câmara Federal, ele tem uma oratória acima da média e é um perigo com o microfone liberado. Tem defendido as obras do presidente Lula no Amazonas, mas esquece de dizer que todas elas são acusadas de desvios de recursos públicos e superfaturamento. Agora, inegavelmente, está cumprindo seu papel e recolocando o seu nome no cenário político, uma estratégia inteligente que pode lhe render algum retorno em 2026, mas que em 2024 vai apenas catalisar e concentrar a rejeição pela esquerda na sua figura, muito embora isso vá fazer raiva para muita gente — já começou, inclusive.

Wilker e Maria do Carmo são dois coadjuvantes com objetivos definidos, mas que não têm uma ínfima chance de vitória.

As eleições de 2024 devem marcar a queda do “Rei do Jogo”. O atual prefeito vai descobrir que na verdade é um perna de pau e não joga nada.

Que phase!

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