Menu

Amom Mandel dá tiro no pé ao usar causa de pessoas com deficiência como palanque político

Compartilhe

Com a queda nas pesquisas de intenção de voto, Amom recorre a táticas e métodos já desgastados, que não têm mais o impacto desejado sobre os eleitores.

O debate da TV Band Amazonas entre os candidatos a prefeito Amom Mandel (Cidadania) e Roberto Cidade (União), ocorrido na última quinta-feira (8), ainda está em evidência em Manaus e destaca o comportamento imaturo de uma nova geração de políticos que se apoia na “lacração” – uma estratégia de internet para gerar impacto e chamar a atenção da mídia.

Amom, assim como outros políticos da esquerda, como os deputados federais André Janones (Avante-MG) e Guilherme Boulos (PSL-SP), tem se esforçado para criar situações midiáticas a qualquer custo, frequentemente sem considerar as consequências de seus atos, visando apenas atrair a atenção dos internautas.

Com a queda nas pesquisas de intenção de voto, Amom recorre a táticas e métodos já desgastados, que não têm mais o impacto desejado sobre os eleitores.

O jovem político tem tentado criar factóides para atrair a mídia e o eleitor, utilizando a polêmica ao seu favor. Durante o debate, Amom aproveitou uma declaração infeliz de Roberto Cidade, que usou o termo “infelizmente” ao se referir ao filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Amom usou a situação para atacar, ignorando que, durante seus quatro anos como político, não aprovou nenhum Projeto de Lei (PL) ou destinou emendas para essa parcela da sociedade, segundo o Direto ao Ponto.

Além disso, é importante lembrar que Amom foi diagnosticado com TEA aos 14 anos, mas só assumiu o transtorno publicamente em janeiro deste ano. A falta de ações por parte de Amom foi questionada no dia seguinte por Roberto Cidade, que pediu desculpas pelo termo usado e fez um balanço das leis aprovadas e projetos voltados para as pessoas com deficiência no Amazonas.

“No debate de ontem, usei um termo inadequado e peço desculpas. Todos que estavam lá, com exceção de uma pessoa, compreenderam a minha colocação infeliz. Não tive a intenção de desrespeitar ninguém, até porque conheço de perto os desafios que os pais de uma criança com TEA enfrentam. Errado é usar um assunto tão sério para ataques eleitoreiros. Eu tenho ações e projetos para melhorar a vida dessas pessoas e suas famílias. É isso que deve ser discutido”, disse Cidade.

Cidade destacou diversas ações, incluindo oito leis sancionadas que ampliam e melhoram a Política Estadual de Atenção à Pessoa com Deficiência, o Fundo Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência, o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Amazonas e a Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Além disso, destinou R$ 1.400.802,50 em emendas parlamentares para o atendimento a pessoas com TEA no Amazonas.

Outra polêmica envolvendo Amom no debate foi sua acusação infundada de “capacitismo” – preconceito contra pessoas com deficiência – a uma jornalista que questionou o uso de fones de ouvido por Amom durante o debate. A jornalista havia notado que ele não usava o utensílio em seu cotidiano, especialmente durante atividades políticas.

Amom, mais uma vez, foi grosseiro e deselegante com a imprensa, demonstrando falta de maturidade e incapacidade de responder de forma adequada a uma dúvida legítima do público. Além disso, no mesmo debate, usou um termo considerado capacitista, “se fazendo de doido”, para atacar um adversário, contradizendo suas próprias palavras.

Veja Também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress SiteLock