Um jogo de cartas elaborado a partir de espécies de aves típicas da região Amazônica foi produzido por estudantes da rede estadual de ensino, no município de Tefé (distante 522 quilômetros de Manaus). O projeto “Psitacídeos no Estado do Amazonas: Conhecer Para Conservar”, apoiado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), reúne mais de 40 espécies de animais e segue as regras de um baralho tradicional.
Desenvolvido com apoio do Programa Ciência na Escola (PCE), Edital Nº 004/2020, o trabalho foi coordenado pela professora de Ciências, Ana Lima, na Escola Estadual Getúlio Vargas. Vinte e cinco alunos do 7º ano do Ensino Fundamental participaram do projeto que identificou aves como Periquitos, Curicas e Marianinhas, com base na plataforma online Wikiave, conhecida por reunir biólogos e observadores de aves do Brasil.
“Nós dividimos toda a pesquisa em três fases, compostas pelos seguintes itens: levantamento das espécies de psitacídeos registradas na plataforma online Wikiaves, elaboração do jogo lúdico e, por fim, aplicação do jogo com os alunos”, explica a professora.
De acordo com Ana Lima, o projeto foi desenvolvido no período de julho a novembro de 2021. No jogo, as aves com mais registros de incidência no Amazonas são consideradas cartas coringas e garantem bônus aos jogadores que as possuem.
Para a confecção do baralho foram utilizados papéis dos tipos A4 e Cartão. Já as fotografias dos animais foram impressas nas cartas do jogo, com os seus respectivos nomes, seguindo o padrão do Comitê Brasileiro de Ornitologia (CBO), fórum nacional encarregado de debater e divulgar informações relacionadas às aves nativas ou visitantes.
Ana Lima comemora que a forma de aprendizado contribui para estimular o interesse dos estudantes por questões relacionadas à preservação ambiental. “O objetivo geral do jogo foi apresentar aos alunos a diversidade de espécies que temos em nosso estado e despertar o interesse em conservá-las e, a partir disso, gerar questionamentos sobre a criação desses animais como pets e a retirada indevida de seu habitat natural”, informou.