A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber encaminhou “notícia-crime” para a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A ação está ligada à demora em incluir as crianças de cinco a 11 anos entre as pessoas a serem vacinadas contra Covid-19, doença causada pelo coronavírus.
O pedido de abertura de investigação ocorre por “provável cometimento do crime de prevaricação”, que é quando o agente público falta com suas obrigações.
No despacho, Rosa Weber afirmou que cabe ao procurador-geral da República, Augusto Aras, “a formação da opinio delicti em ações penais de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental”.
O pedido de investigação foi feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e pelo secretário de Educação do município do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha.
Para eles, Bolsonaro e Queiroga “potencialmente configuram ações deliberadas e coordenadas para retardar a inclusão da vacina contra Covid-19 para crianças”.
Liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 16 de dezembro, a vacinação de crianças de cinco a 11 anos de idade começou no dia 5 de janeiro.
Polêmicas
Bolsonaro fez sucessivos ataques à vacinação infantil. O presidente levantou suspeitas sobre a vacinação e ameaçou divulgar os nomes dos integrantes da Anvisa que aprovaram a utilização da vacina.
Já Queiroga defendeu a necessidade de assinatura dos pais e receita médica para crianças serem vacinadas.