O ex-governador José Melo (PROS) reapareceu ontem em entrevista ao podcast PodMais bem menos abatido e animado para disputar a eleição para deputado estadual este ano. Ele evitou dessa vez culpar o senador Eduardo Braga (MDB) pela sua cassação em 2017, mas voltou a fazer críticas ao adversário.
Também analisou o atual governo. Ao mesmo tempo em que elogiou a iniciativa de distribuir vacina contra Covid-19 para todo o Estado, ele disse que Wilson Lima (PSC) foi do céu da votação estupenda ao inferno da extrema cobrança popular. E revelou afastamento do ex-aliado Omar Aziz (PSD) – “hoje somos como água e óleo. Não nos misturamos”.
Nessa entrevista, que pode ser conferida na fanpage do blog, Melo estava menos tenso. Respondeu a todas as perguntas de telespectadores sobre sua prisão dentro da Operação Maus Caminhos e sobre a cassação. Chegou inclusive a resgatar a história que lhe rendeu o apelido de “Zé Merenda”, quando era secretário de Comunicação do Estado.
O ex-governador fez elogios a Amazonino Mendes (União Brasil), a quem disse que foi leal. Cutucou Eduardo Braga em alguns momentos, quando da citação do nome deste pelos telespectadores, mas disse não ter provas de que teria sido o senador o responsável por sua cassação. Mais de uma vez, entretanto, ressaltou que a ongueira Nair Blair, pivô do caso que levou ao seu afastamento, foi absolvida pela Justiça Eleitoral.
Melo se disse com a consciência tranquila, afirmou não ter desviado dinheiro do Estado e se defendeu também da acusação de querer fechar hospitais quando era governador, afirmando que estava apenas querendo reorganizar a rede.
Ele disse que Wilson Lima viveu o “céu” ao ser o governador mais votado da história, mas depois experimentou o “inferno” ao ser extremamente cobrado pelos que o elegeram e cometer alguns erros. Mas também elogiou o desempenho do governo na vacinação contra a Covid-19.
Sobre Omar, disse que os dois foram “como o rio Negro e o Solimões, que se juntam para fazer o Amazonas avançar”, mas agora “somos como água e óleo, não nos misturamos”.
O ex-governador de 75 anos já concedeu 28 entrevistas depois de três anos recolhido e em todas pregou o surgimento de uma nova matriz econômica para o Estado. É a bandeira com a qual espera ser eleito deputado estadual. “Vou recomeçar”, disse ele.
*Com informações do Blog do Hiel