Ao receber alta do hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde estava internado desde a madrugada de segunda-feira (3/1), o presidente Jair Bolsonaro (PL) alfinetou a cantora Ivete Sangalo e o ator Zé de Abreu.
“Estamos mexendo na Lei Rouanet. Quando entrei no governo, o limite para artistas era de R$ 10 milhões por ano. Eu passei imediamente para R$ 1 milhão. Conversando com o Mario Frias agora e vamos passar, nos próximos dias, para R$ 500 mil. Queremos atender aquele artista que está começando a carreira, e não figurões ou figuronas como a querida Ivete Sangalo”, disparou o chefe do Executivo federal.
“Ela [Ivete Sangalo] está chateada, o Zé de Abreu está chateado porque acabou aquela teta gorda deles de pegar até R$ 10 milhões da Lei Rouanet e defender o presidente de plantão. Não quero que me defendam, quero que falem a verdade ao meu respeito. Fizemos muita coisa”, declarou.
A crítica do presidente é uma resposta a um vídeo da cantora que viralizou na última semana de dezembro.
Durante um show realizado em Natal, no Rio Grande do Norte, Sangalo incentivou um coro com dizeres contra o presidente da República. Criticada em diversos momentos por não se posicionar politicamente, a cantora aparece dançando durante os gritos de “Ei Bolsonaro, vai tomar no cu”. Em certo momento, ela incentiva os fãs a gritarem mais alto com provocações como “não ouvi” e “está baixinho”.
O secretário especial de Cultura, Mario Frias, tomou as dores do presidente e usou as redes sociais para atacar Ivete Sangalo. Frias afirmou que a cantora silenciou sobre casos de corrupção em gestões petistas e hoje “presta-se ao ridículo papel de ser animadora de militante esquerdista”.