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Delivery de combustível vai reduzir preço de gasolina e etanol?

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Saiba quais as expectativas do setor após aprovação da medida que autoriza a entrega de combustíveis pelos donos de postos.

A entrega de gasolina e etanol por delivery foi aprovada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), confirmando as previsões de alteração nas regras de comercialização dos combustíveis.

Mas ao contrário do que se pode imaginar, tal processo não garantirá uma redução no preço da gasolina ou do etanol, por exemplo, podendo inclusive encarecer a operação.  Segundo especialistas, o motivo tem a ver com o requisitos exigidos na entrega do combustível, processo que requer uma mão de obra especializada e mecanismos próprios.

Processo de entrega pode encarecer o serviço

Para o economista Paulo Dutra Costantin, coordenador do curso de Economia da Faap, não se trata de “uma operação simples”. Hoje em dia, a entrega de combustíveis nos postos é realizada por caminhões de grande porte e mão de obra treinada para este tipo de atendimento.

No caso de caminhões menores, como propõe o delivery, será preciso garantir uma estrutura de armazenamento segura para evitar incêndios e explosões. “É simplesmente um serviço que está sendo colocado e, provavelmente, o delivery vai ser mais caro, pois implica em custos maiores para a empresa [posto]. E ela vai repassar isso ao consumidor, não tem como”, destacou o economista.

Além da autorização da entrega de combustíveis por delivery, outra mudança estabelecida pela ANP diz respeito à retirada de uma casa decimal dos preços que são exibidos nas bombas dos postos. O pacote contendo as medidas surgiu logo após a greve dos caminhoneiros de 2018, porém algumas ações só estão sendo implementadas agora.