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Bolsonaro critica aumento do IOF e diz que governo Lula ‘penaliza os mais pobres’

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Ex-presidente afirmou que decreto rompe cronograma de redução de impostos e dificulta acesso ao crédito e ao consumo

O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a recente proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em publicação na rede social X, neste sábado, 14.

“[A medida] Rompe o compromisso de redução de impostos e penaliza os mais pobres”, escreveu Bolsonaro.

A declaração vem depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar, e em parte recuar, um decreto que elevava a alíquota de IOF para operações cambiais, como compras internacionais com cartão de crédito.

– O que é o aumento do IOF proposto por lula e como isso atinge a todo povo:

– O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo federal brasileiro que incide sobre operações de crédito, câmbio, seguros e operações relativas a títulos ou valores mobiliários. O IOF é… pic.twitter.com/bWhQmdQvST— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 14, 2025

“Essa inversão penaliza o cidadão que viaja, compra do exterior e dependia das regras claras e reduzidas que estabelecemos”, completou o ex-presidente. “É um retrocesso que atinge principalmente quem mais precisa de crédito e serviços acessíveis.”

Ações do governo Bolsonaro, e impacto na população

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de retomada das operações do Porto de Itajaí, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Foto: Ricardo Stuckert / PR

O IOF incide sobre diversas operações financeiras, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. Na sua gestão, Bolsonaro assinou um decreto que previa a redução gradual do imposto até sua eliminação em 2028. A ação alinharia o Brasil às exigências da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com o novo decreto de Lula, a alíquota fixa de 3,5% foi aplicada de forma imediata a todas as operações de câmbio.

A medida gerou reação negativa de setores econômicos e políticos. Depois da repercussão, o governo recuou parcialmente e isentou transferências de pessoa física e fundos de investimento. Contudo, manteve o aumento para empresas, remessas e uso do cartão de crédito internacional. Haddad afirmou que se tratava de uma “correção de rota” e que o governo está sensível às críticas.

O aumento do IOF tem efeitos amplos: encarece o crédito, especialmente para a população de baixa renda que depende de financiamentos, empréstimos pessoais e o rotativo do cartão de crédito. A conta também chega a pequenos empreendedores, que veem os juros subirem, de modo a dificultar investimentos produtivos.

Além disso, empresas que operam com crédito e câmbio tendem a repassar os custos ao consumidor final. Isso pode gerar efeitos inflacionários indiretos e pressionar o preço de produtos e serviços essenciais.

O impacto também se estende ao câmbio. Como há a importação de parte dos combustíveis e insumos industriais, o dólar mais caro, por efeito do IOF, pode resultar em aumento no preço da gasolina, eletrônicos, alimentos e outros itens.

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