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Novo pedido de impeachment contra Lula inclui suposto uso da PF a mando do MST

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O deputado Marcos Pollon (PL-MS) protocolou nesta quarta-feira (23) mais um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova denúncia se soma ao pedido realizado recentemente por Kim Kataguiri (União-SP), já noticiado pela coluna Entrelinhas. Pollon justifica a iniciativa pela ocorrência de um novo crime de responsabilidade. “São fatos independentes que compartilham o mesmo autor, e, por isso, o presidente deverá responder por tantos crimes de responsabilidade quantos forem praticados”, afirmou o parlamentar à coluna. Ele comparou a situação a casos de crimes comuns: “Um ladrão, por exemplo, não fica isento da pena do seu segundo roubo porque já fora denunciado pela prática de outro crime anteriormente”.

O pedido de impeachment de Pollon se baseia na suposta ingerência federal em competências estaduais. O parlamentar acusa o presidente Lula de ter ordenado, em janeiro de 2025, que a Polícia Federal (PF) investigasse o assassinato de trabalhadores ligados ao Movimento Sem Terra (MST) em São Paulo a pedido de um líder do MST. Segundo ele, essa determinação violou o pacto federativo e a autonomia da Polícia Civil paulista, configurando abuso de poder e desvio de finalidade.

De acordo com o deputado, a ação presidencial desrespeitou a Constituição ao usar a Polícia Federal como “ferramenta política” para favorecer aliados ideológicos do governo, no caso, o MST. Ele afirma que o direcionamento da PF foi injustificado, comprometendo sua missão institucional e credibilidade.

Segundo Pollon, novos pedidos de pedido de impeachment de Lula fortalecem a mobilização no Congresso. “Quanto mais parlamentares apresentarem denúncias por crime de responsabilidade contra as atrocidades praticadas por esse governo, mais força ganha o movimento de busca pela verdade real e a responsabilização do Presidente por suas atitudes criminosas contra o povo brasileiro”, declarou.

Sobre a estratégia da Oposição para pressionar o futuro presidente da Câmara a pautar os pedidos, Pollon destacou a união e o apoio popular como fatores determinantes. “O trabalho técnico tal como vimos apresentando, aliado à falta de popularidade política do presidente e ao apoio da população, são fundamentais para alcançarmos nossos objetivos e libertar de vez nossa pátria do regime de exceção que vivemos”, disse.

Pollon sustenta que a ingerência presidencial nas competências estaduais enfraquece o Estado Democrático de Direito e compromete o equilíbrio federativo. “A autonomia dos entes federativos e o respeito às competências constitucionais são pilares fundamentais da ordem democrática, e sua violação compromete a estabilidade do pacto federativo”, concluiu.

Questionado sobre a postura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para assumir a presidência da Câmara, Pollon demonstrou confiança no comprometimento do parlamentar. “Não tenho dúvidas do compromisso do deputado Hugo Motta com o Brasil, e, certamente, caso seja eleito presidente da Casa, não se afastará das suas responsabilidades regimentais nem políticas”, opinou.

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