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Estradas no Amazonas são as piores do país, mostra estudo da Confederação Nacional dos Transportes

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O Amazonas é o estado com a pior conservação e qualidade de infraestrutura rodoviária do Brasil, mostra estudo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgado em novembro. O estado ocupa a primeira posição no ranking geral de rodovias classificadas como “péssimas” na categoria Estado Geral.

Seis rodovias foram avaliadas no Amazonas: As estaduais AM-010 (que liga Manaus a Itacoatiara) e AM-014 (Iranduba) e as federais BR-174 (Manaus-Boa Vista), BR-230 (Transamazônica), BR-317 (que liga o Amazonas ao Acre) e BR-319 (Manaus-Porto Velho).

Segundo a CNT, foram avaliados 1.030 quilômetros de rodovias e no estado e o cenário é preocupante, com apenas 1% (10 km) das vias em boas condições gerais. A maioria das estradas no Amazonas, 38,6% (398 km), é considerada “péssima”, e 34,8% (358 km) “ruim”. Conforme a CNT, essa infraestrutura precária gera impacto na segurança e na economia local.

O estudo abrangeu 111.853 quilômetros de rodovias em todo o país. A avaliação considerou aspectos como pavimentação, sinalização e geometria das vias, e o estado obteve as piores classificações em todos esses quesitos.

“A melhoria da infraestrutura de transporte é um processo de longo prazo, que exige constância e comprometimento. Investimentos contínuos são fundamentais para garantir o avanço gradual e sustentável das nossas rodovias.

A CNT reafirma a importância de manter e intensificar esses esforços, pois só assim será possível assegurar um deslocamento mais eficiente, promovendo o desenvolvimento socioeconômico do país e atendendo às necessidades de uma sociedade que aspira a uma infraestrutura de qualidade”, cita a CNT em treco da pesquisa.

Para chegar aos resultados, a CNT avaliou três itens principais da malha rodoviária brasileira: pavimento, sinalização e geometria. O primeiro considera a cobertura asfáltica e a presença de buracos na pista, entre outros fatores. O segundo avalia a presença de placas e sinalização adequada nas estradas.

A geometria, por sua vez, contempla o desenho do trajeto em si, a quantidade de pistas duplas ou triplas e a velocidade máxima permitida na rodovia a partir das condições de trafegabilidade.

O estudo identificou que 34,7% das rodovias no Amazonas foram classificadas como “regulares”, com problemas como buracos, ondulações e afundamentos. O estudo mostra que essas condições comprometem a segurança, aumentam o consumo de combustível e, consequentemente, a emissão desnecessária de gases poluentes.

A sinalização nas rodovias é outra deficiência. Em 34,9% das vias a sinalização é considerada “péssima”, com problemas na comunicação visual horizontal (como faixas) e vertical (placas de regulamentação e indicação). Esses problemas, conforme a CNT, dificultam o fluxo de veículos e aumentam os riscos de acidentes.

Quanto à geometria das rodovias, apenas 3,9% foram classificadas como “ótimas”. Em contraste, 51,5% foram avaliadas como “péssimas” com falhas em aspectos como visibilidade, largura das faixas, acostamentos e curvas. Tais deficiências impactam diretamente a segurança e a velocidade permitida nas rodovias.

A rodovia estadual AM-070 (Manaus-Manacapuru) se destaca por estar em boas condições. A obra de duplicação e modernização, que custou R$ 430 milhões aos cofres públicos, foi concluída em dezembro de 2021. Os trabalhos começaram em 2013 e incluíram a instalação de sinalização, sistemas de drenagem e a construção de pontes sobre os rios Miriti e Ariaú.

A rodovia beneficia diretamente municípios como Iranduba, Manacapuru e Novo Airão. A CNT também identificou 2.446 pontos críticos nas rodovias brasileiras em 2024, com 71,5% desses casos relacionados a buracos grandes. Outros problemas encontrados incluem erosões (14,5%), quedas de barreiras (8,2%) e pontes estreitas (2,8%).

O estudo utilizou tecnologias digitais e inteligência artificial para coletar informações de campo, o que garantiu maior precisão e confiabilidade nos dados, sendo realizado por 24 equipes durante 30 dias (de 24 de junho a 23 de julho de 2024).

Com informações do site Amazonas Atual

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