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PT pede à Justiça cassação de Renan Bolsonaro por suposta fraude

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Federação argumenta que 4 candidatas mulheres do partido serviram de “laranjas”; o pedido inclui outros 5 vereadores

A federação PT-PV-PC do B entrou no domingo (15.dez.2024) com uma ação no TRE-SC (Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina) em que pede a cassação de 6 vereadores eleitos pelo PL (Partido Liberal) em Balneário Camboriú (SC), dentre eles, Jair Renan Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por suposta fraude na cota de gênero. 

Segundo o documento (íntegra – PDF – 636 kB), apesar de o partido ter conseguido 6 cadeiras, nenhuma mulher se elegeu por causa do baixo investimento em suas candidaturas. A federação diz que entre as 8 representantes, 4 são potenciais fictícias, ou seja, “laranjas”. Pede a inelegibilidade das envolvidas. 

Segundo Alex Casado, dirigente do Solidariedade (que não está na federação, mas faz parte da coligação com Psol e Rede), a intenção de questionar a coletividade da candidatura do PL surgiu da direção do próprio partido e então foi levado à federação –liderada pelo PT.

“O Partido Liberal (PL) se utilizou de candidaturas laranja de mulheres, ao apurarmos isso, entramos em contato com nosso jurídico e fizemos uma apuração preliminar e encontramos os indícios. O que nos moveu a adotar as providências foi, mais uma vez, o PL deturpar uma medida afirmativa que visa adequar a representatividade feminina na política, para privilegiar seus quadros. É parte ativa da ação a Professora Taise, presidente do Diretório Municipal e candidata a vereadora no referido pleito”, disse. 

O documento foi apresentado na véspera da diplomação, que está marcada para esta 2ª feira (16.dez). Inclui, além de Jair Renan, os vereadores eleitos Anderson Santos, Medeiros, Victor Forte, Kaká Fernandes, Guilherme Cardoso, Victor Forte.

O OUTRO LADO

Ao Poder360, a assessoria de Jair Renan disse ainda não ter se “debruçado” sobre o caso e que a ação não afetará a diplomação desta 2ª feira (16.dez).

O filho “04” do ex-chefe do Executivo foi o vereador mais votado do município catarinense, com 3.033 votos.

Este jornal digital também procurou o PL por meio de e-mail, telefone e mensagens, para obter um posicionamento oficial sobre o caso. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada.


Esta reportagem foi escrita pelos estagiários de jornalismo Davi Alencar e Janaína Cunha sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.

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