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Nova vacina substitui agulha por creme – entenda

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Pesquisadores descobriram que uma proteína presente em uma bactéria que vive na nossa pele pode desencadear fortes respostas imunológicas

A importância de tomar vacinas é inegável, mas para muita gente isso é um verdadeiro desafio em função do medo de agulhas. Pensando nisso, cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma nova forma de imunizante.

A ideia é fornecer a mesma proteção através da aplicação de um creme na pele. O produto foi testado em camundongos e apresentou resultados promissores. O melhor de tudo é que ele pode ser usado para combater diversas doenças.

Resposta imunológica contra o tétano

Segundo os pesquisadores, a chave é uma bactéria que vive na nossa pele: a Staphylococcus epidermidis. Além de não causar problemas de saúde, cientistas descobriram que uma proteína presente na superfície da bactéria pode desencadear uma forte resposta imunológica contra o tétano.

Vacinação - menina pequena recebendo a vacina no braço, parecendo preocupada e chateada.
Novo método dispensa uso de agulhas durante a vacinação (Imagem: Jana Eviakova/Shutterstock)

Um experimento realizado com camundongos confirmou a eficácia do método. Após a aplicação do creme nos animais, foi identificado um aumento expressivo dos anticorpos contra a bactéria nas seis semanas seguintes, atingindo níveis mais altos do que as vacinas regulares fornecem.

Todas as cobaias sobreviveram e não apresentaram quaisquer sintomas da doença. Os resultados foram descritos em estudo publicado na revista Nature.

Creme pode ser utilizado contra várias doenças

  • Ainda de acordo com os pesquisadores, o mesmo mecanismo pode ser utilizado para criar vacinas contra outras doenças.
  • No mesmo trabalho, a equipe substituiu a toxina do tétano pela da difteria e também verificaram uma resposta imune nos camundongos.
  • Com a descoberta seria possível criar novas vacinas sem a necessidade de agulhas, administrando os imunizantes com um simples toque na pele.
  • O próximo passo é testar a técnica em macacos.
  • A expectativa é que os primeiros testes em humanos aconteçam em dois ou três anos.
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