O governo federal está estudando a possibilidade de permitir que todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) utilizem aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Atualmente, apenas o presidente da Corte tem esse privilégio, conforme estabelecido por um decreto de 2020. A ampliação dessa regalia, no entanto, já levanta questionamentos sobre prioridades e gastos públicos.
Privilégios em Expansão
Se implementada, a medida permitirá que os outros dez magistrados da Suprema Corte tenham acesso a aeronaves públicas, alegadamente por questões de segurança. A proposta foi bem recebida pelo STF, mas não escapou de críticas. Em um país que enfrenta desafios financeiros e dificuldades em serviços básicos, como saúde e educação, a ampliação de benefícios para autoridades gera controvérsias.
Regras Atuais e Mudança Proposta
De acordo com a norma vigente, o uso de aviões da FAB é restrito a altos cargos do governo, como ministros de Estado, o vice-presidente, além dos presidentes da Câmara, do Senado e do STF. A inclusão de mais autoridades nessa lista aumenta o custo e pode ser vista como uma medida excessiva, considerando o impacto nos cofres públicos.
A “Confraria” de Lula
Essa iniciativa está alinhada com a aproximação promovida por Lula, que criou reuniões mensais com ministros do STF e outros políticos. O gesto, que parece uma tentativa de fortalecer alianças, desperta críticas sobre o alinhamento entre os Poderes e o uso de recursos públicos para estreitar essas relações.