A derrota de Capitão Alberto Neto (PL) na disputa pela prefeitura frustrou não apenas seus planos de comandar a capital, mas também sepultou o sonho de Alfredo Nascimento de retornar à Câmara Federal. Suplente imediato de Alberto Neto, Alfredo assumiria a cadeira de deputado federal caso o parlamentar fosse eleito prefeito — o que, com a derrota, não aconteceu.
Alfredo Nascimento, que já foi ministro dos Transportes nos governos Lula e Dilma, enxergava nessa possibilidade sua única chance concreta de voltar ao cenário federal. Depois de anos amargando derrotas eleitorais consecutivas, o ex-ministro via a suplência de Alberto como um caminho mais viável que enfrentar uma nova disputa nas urnas. No entanto, com o resultado negativo, essa última oportunidade escorreu pelas mãos.
A trajetória recente de Alfredo é marcada por insucessos. Em 2018, ele concorreu ao Senado e saiu derrotado. Em 2020, tentou voltar à prefeitura de Manaus, mas novamente perdeu. No pleito de 2022, buscou uma vaga de deputado federal, sem sucesso. Agora, em 2024, embora não tenha disputado diretamente, pode-se considerar que essa eleição representou mais uma derrota indireta, já que a chance de ascender ao mandato por meio da vitória de Alberto Neto se desfez.
Considerado por Coronel Menezes como um “defunto político”, Alfredo Nascimento parece cada vez mais distante de uma reabilitação nas urnas. O retorno à Câmara por meio de uma eleição direta é visto como extremamente improvável, dada a renovação política e a perda de apoio eleitoral ao longo dos anos.
Com mais esse revés, fontes próximas indicam que Alfredo pode estar refletindo sobre uma aposentadoria definitiva da vida pública. Aos 71 anos e com uma carreira marcada por altos e baixos, Nascimento vê a possibilidade de retomar um cargo relevante se distanciar cada vez mais, encerrando um ciclo que já teve momentos de prestígio, mas que agora parece perto de seu fim.
