Dores de cabeça, vômitos, febre persistente, dentre outros sintomas inespecíficos e comuns a outras doenças da infância, devem chamar a atenção para a ocorrência de câncer infantojuvenil, segundo alerta da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), neste Setembro Dourado, mês de conscientização ao câncer infantojuvenil.
O Amazonas deve registrar 200 novos casos da doença em 2024, segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde. Em todo o Brasil, são esperados 7.930 novos casos neste ano.
A médica oncopediatra da FCecon, Jeanne Medeiros, alerta para que pais, avós, professores e todos os cuidadores das crianças fiquem em alerta para o diagnóstico do câncer infantojuvenil.
“O câncer infantil tem uma incidência de 3% em relação ao câncer do adulto. Apesar da incidência ser inferior a dos adultos, grande é o impacto familiar e social frente ao diagnóstico da doença em estágio avançado”, detalhou Jeanne Medeiros.
Por isso, destaca a médica, é dever de toda a sociedade ficar atenta a sinais e sintomas que se repetem e que levam as crianças a idas repetidas ao serviço médico de urgência, pois o diagnóstico precoce é a única arma para a melhoria das taxas de cura.
Tipos
Os tipos mais frequentes de câncer infantojuvenil são as leucemias, os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) e os linfomas. Além desses, há tumores que atingem as glândulas adrenais, localizadas na parte superior do rim, músculos e ossos, dentre outros.
Diagnóstico precoce
O médico pediatra é o profissional capacitado para fazer a detecção do câncer em crianças e adolescentes. De acordo com a oncopediatra da FCecon, o seguimento regular ambulatorial com esse profissional é essencial para o diagnóstico precoce e sucesso no tratamento e cura do paciente pediátrico.
Quando há a confirmação da doença, o paciente é tratado na Fundação Cecon, em caso de tumores sólidos, e na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) nos casos de neoplasias hematológicas, como as leucemias e linfomas.
FOTO: Dreyceane Soares/FCecon