A partir de 2025, pela primeira vez na história, as mulheres poderão participar do alistamento militar para ingressar nas Forças Armadas do Brasil. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, José Múcio, que pretende ampliar a participação feminina em posições de combate no Exército, Marinha e Aeronáutica.
A decisão vem após o Ministério da Defesa realizar estudos diante de um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) questiona o fato de, atualmente, as mulheres serem autorizadas a ingressas nas Forças Armadas apenas para posições em áreas como saúde, logística e manutenção de armas e viatura.
Segundo Múcio, diferentemente do alistamento militar masculino, que é obrigatório, o de mulheres será voluntário. A inscrição funcionará da mesma maneira: poderão se apresentar a uma das Forças quando completarem 18 anos e, então, passarão um ano em unidade militar, com a possibilidade de seguir carreira na área.
Atualmente, as mulheres podem ingressar nas Forças Armadas apenas através de escolas preparatórias oficiais, sendo que a Marinha permite que elas atuem em áreas mais combativas, como a de fuzileiros navais.
As Forças Armadas brasileiras contam hoje com um contingente de 34 mil mulheres, em um total de 360 mil militares. A inclusão feminina nas Forças Armadas começou em 1980, impulsionada pela Marinha, que foi pioneira nesse processo. Dois anos depois, em 1982, a Força Aérea seguiu o exemplo e abriu suas portas para as mulheres. O Exército, por sua vez, iniciou a admissão de mulheres em suas fileiras em 1992.