O Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, intensifica a adoção de medidas preventivas e uso racional de recursos naturais para a população dos municípios que moram em áreas de risco com o intuito de minimizar os efeitos da estiagem neste ano no estado. As orientações fazem parte do alinhamento das ações de enfrentamento à estiagem coordenado pelo governador Wilson Lima.
O secretário da Defesa Civil, coronel Francisco Máximo, enfatizou que as instruções precisam ser adotadas, principalmente, por quem mora em áreas de risco.
“Há uma probabilidade de ter uma estiagem, e temos o compromisso de levar recomendações necessárias para que a população possa estar preparada, tendo aí uma atenção especial para as pessoas que moram em área de risco e os mais vulneráveis. Temos que consumir de forma racional os recursos e evitar desperdícios”, disse.
Orientações
Manter-se informado: fique atualizado com informações oficiais sobre a estiagem e alertas de emergência. Siga sempre as orientações das autoridades locais para sua segurança e a de sua comunidade.
Uso racional de água e energia: desligue aparelhos quando não estiver em uso e opte por lâmpadas de baixo consumo para economizar energia; armazene água potável, feche as torneiras, conserte vazamentos e reutilize a água sempre que possível.
Planejamento
Está em andamento a construção do plano de trabalho estadual para que as secretarias atuem no planejamento prévio para minimizar os efeitos da estiagem, caso ocorra. A Defesa Civil tem realizado desde o mês de janeiro reuniões com setores como indústria e comércio, poderes públicos, empresas de telecomunicações e concessionárias de água e energia para fornecer informações e coordenar ações de prevenção diante da possibilidade de outra severa estiagem em 2024.
No dia 9 de maio, o governador Wilson Lima anunciou a emissão de licenças ambientais para a dragagem em quatro trechos de rios do Amazonas e destacou que o Governo do Estado tem agido de forma antecipada para minimizar os impactos da estiagem deste ano, cuja previsão é de que seja tão ou mais intensa quanto a de 2023.
O trabalho de dragagem será feito pelo Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com previsão de início imediato a partir da emissão das licenças. A dragagem atende um pleito do governador que desde o início do ano vem se reunindo com ministros de Estado, a exemplo dos ministérios de Portos e Aeroportos, de Integração e Desenvolvimento Regional e de Meio Ambiente e Mudança do Clima, solicitando apoio na antecipação de ações.
“Estamos atentos, e o governador tem frequentemente conversado, ligado para os ministros, justamente para que todos os pedidos e as recomendações que foram colocadas, de fato, elas aconteçam e a para que possamos, de forma integrada, termos essas ações realizadas para que os impactos sejam minimizados”, comentou o coronel Francisco Máximo.
O serviço de dragagem consiste na retirada de sedimentos (como areias e outros materiais) do fundo dos rios para facilitar a navegação de embarcações e evitar que encalhem. Entre os trechos que receberam as licenças ambientais, emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), estão: Manaus-Itacoatiara (rio Madeira); Codajás-Coari e Benjamin Constant-São Paulo de Olivença (rio Amazonas) e Benjamin Constant – Tabatinga (rio Solimões).
FOTOS: Antonio Lima /Secom