Durante seu discurso na manifestação “em prol da democracia”, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que os brasileiros sabem a diferença entre um “governo justo” e um “governo ímpio”.
“Aprouve Deus nos colocar na Presidência da República para que a gente pudesse trabalhar e fazer a verdadeira justiça social”, disse Michelle. “Na vida daqueles que mais precisam. E hoje o povo brasileiro sabe a diferença de um governo justo, de um governo ímpio.”
As declarações de Michelle Bolsonaro aconteceram antes de ela fazer uma oração para iniciar o ato. Segundo a ex-primeira-dama, ela e Bolsonaro “sofrem desde 2017”.
“Desde 2017, nós estamos sofrendo, nós estamos sofrendo porque exaltamos o nome do senhor no Brasil, porque o meu marido foi escolhido e ele declarou que era Deus acima de todos”, continuou Michelle Bolsonaro. “E se é difícil com Deus, com certeza, é impossível sem ele. E quantos ataques, meus amados, quantas injustiças.”
A presidente do PL Mulher ainda destacou que o Brasil é um país “abençoado e próspero”, mas que é “mal administrado”. Michelle Bolsonaro ainda direcionou um momento de sua fala às deputadas e vereadoras, dizendo que é difícil para as mulheres estarem à frente da política.
“O assassinato de reputação, ele é diário”, declarou. Mas algo muito maior e muito mais forte nos move para que a gente continue lutando pela nossa nação. Sim, por um bom tempo nós fomos negligentes, sim, ao ponto de falarmos que não poderiam misturar política com religião e o mal tomou, o mal ocupou o espaço, chegou o momento agora da libertação, conhecereis a verdade e a verdade nos libertará.”
Fala de Michelle Bolsonaro aconteceu em manifestação na Avenida Paulista
Como mostrou Oeste, a manifestação começou às 15h deste domingo, na altura do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na Avenida Paulista, em São Paulo.
O ato é organizado por aliados, como o pastor evangélico Silas Malafaia. Malafaia custeou o valor de dois trios elétricos em que Bolsonaro e autoridades ficarão. O valor foi de R$ 100 mil e, segundo o pastor, foi pago com os recursos pessoais dele.
Os governadores Romeu Zema (Minas Gerais), Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina) disseram que vão à manifestação. O prefeito da cidade de SP, Ricardo Nunes (MDB), também confirmou presença. O evento deve contar ainda com a presença de 11 senadores e de 92 deputados federais.
A segurança do ato ficará a cargo da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). Além de Bolsonaro e Michelle, Malafaia, Tarcísio, o senador Rogério Marinho (PL-RN) e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) devem discursar na manifestação.