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Brasil chega à marca de meio milhão de casos prováveis de dengue e 75 mortes confirmadas

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Outros 340 óbitos pela doença estão em investigação; dados estão no painel de monitoramento do Ministério da Saúde

O Brasil chegou à marca de meio milhão de casos prováveis de dengue, de acordo com relatório do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde. São 512 mil registros nessas condições, com 75 mortes confirmadas pela doença e outras 340 sob investigação. A última utilização do documento é desta segunda-feira (12).

Comparado ao mesmo período do ano anterior, o número de casos prováveis quadruplicou – foram 128.842 em 2023. Minas Gerais lidera a estatística, com 171,7 mil casos registrados, seguido por São Paulo, com 83,6 mil, Distrito Federal, com 64,4 mil, e Paraná, com 55,5 mil. Roraima, Maranhão e Alagoas apresentam menos casos, com 93, 261 e 290 registros, respectivamente.

Em relação ao percentual de incidência, o Distrito Federal tem 2.286,2 casos por 100 mil habitantes e lidera a estatística. Em seguida aparecem Minas Gerais (836,3 casos por 100 mil habitantes), Acre (582,2) e Paraná (485,3). Roraima (14,6/100 mil), Sergipe (17,8) e Piauí (18,9) têm os menores índices, segundo o relatório.

A maior parte dos registros é de mulheres, representando 55% do total, enquanto os homens correspondem a 45%.

Vacinação contra a dengue

O Ministério da Saúde iniciou neste mês a distribuição de vacinas contra a dengue para municípios que atendem aos critérios definidos em conjunto com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).

A vacinação começou com crianças de 10 a 11 anos e será progressivamente estendida conforme novos lotes sejam entregues pelo laboratório fabricante. Na primeira fase, 521 municípios brasileiros foram selecionados para a imunição, via SUS (Sistema Único de Saúde).

Atenção nos repelentes

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu recomendações sobre o uso de repelentes no último domingo (11), destacando a importância de entender o modo de uso e a eficácia do produto, especialmente contra o Aedes aegypti.

O uso em crianças requer atenção especial, com restrições de uso para menores de 2 anos e concentrações limitadas para crianças de 2 a 12 anos. A Anvisa também enfatiza a importância de repelentes aprovados pela agência e alerta sobre produtos sem comprovação científica de eficácia, como os à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, que não são recomendados.

Conscientização e prevenção

Neste momento crítico, é fundamental que cada cidadão faça a sua parte para combater a dengue, informam os órgãos de controle. A eliminação dos focos de reprodução do mosquito e a busca por cuidados médicos ao primeiro sinal da doença são medidas simples, mas que fazem toda a diferença na proteção da comunidade.

Veja abaixo os principais sintomas da doença:

• Febre alta com início súbito;
• Dor de cabeça;
• Dor atrás dos olhos;
• Perda do paladar e apetite;
• Náuseas e vômitos;
• Tonturas;
• Extremo cansaço;
• Manchas na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
• Moleza e dor no corpo;
• Dores nos ossos e articulações.

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