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Mudança em lei beneficia brasileiros para conquista de cidadania portuguesa

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Parlamento do país europeu aprova alteração na contagem dos anos de residência exigidos para fazer o pedido

Parlamento de Portugal aprovou uma alteração na concessão de cidadania que vai beneficiar milhares de brasileiros.

Na sexta-feira 5, dentro do pacote que mudou pela décima vez a Lei da Nacionalidade, foi incluído o Artigo 15º, que modifica a regra do prazo de cinco anos para um residente fazer o pedido.

Na legislação atual, um candidato precisa residir legalmente durante cinco anos em Portugal para ter direito ao pedido de cidadania.

Porém, o tempo de residência só é contado a partir da emissão da autorização de residência, o que é considerado injusto por muitos parlamentares.

Tempo para ter a cidadania portuguesa

Com o acúmulo de pedidos, transição de órgãos de imigração e atraso na análise dos processos, milhares de brasileiros acabam esperando dois anos ou mais pelo documento oficial.

O tempo de espera, quando os brasileiros têm em mãos apenas uma autorização de residência provisória, conhecida como manifestação de interesse, é descartado.

O tempo de espera, quando os brasileiros têm em mãos apenas uma autorização de residência provisória, conhecida como manifestação de interesse, é descartado.

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Há pelo menos 150 mil processos de autorizações de residência na fila de espera, sendo a maioria de brasileiros | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Hoje, há pelo menos 150 mil processos de autorizações de residência na fila de espera e a maioria é de brasileiros que deram entrada em manifestações de interesse há anos.

A medida ainda será regulamentada, promulgada pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa e publicada no Diário da República.

Com a alteração, os “anos perdidos” entrarão na conta. Se um brasileiro, por exemplo, manifestar interesse em residir em Portugal, mas receber a autorização de residência daqui a dois anos, esse tempo de espera será contabilizado para os cinco anos de residência exigidos.

O candidato vai precisar de apenas mais três anos de residência, e não cinco como acontece atualmente.

Batalha iniciada por duas brasileiras

A mudança foi uma batalha liderada pelas brasileiras Sônia Gomes, cabeleireira, e Juliet Cristino, uma diarista que criou o Comitê dos Imigrantes de Portugal (CIP).

Juliet realizou manifestações, participou de audiências no Parlamento português e criou petições online.

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