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ESTIAGEM HISTÓRICA: Apoio do Governo Federal já soma R$ 627 milhões para combater crise hídrica no Amazonas

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Vice-presidente, Geraldo Alckmin, e ministros se reúnem com o governador e a bancada parlamentar amazonense para definir novas ações para enfrentar seca histórica no estado

Reunião do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, com ministros e bancada parlamentar para definição de medidas contra crise hídrica no Amazonas. Foto: Cadu Gomes/VPR

As ações e recursos do Governo Federal de combate à crise hídrica que afeta o estado do Amazonas já somam R$ 627 milhões e foram detalhados hoje (dia 18/10), pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, após reunião ocorrida com o governador do Amazonas, Wilson Lima, ministros e bancada de senadores e de deputados do estado, na sede da Vice-Presidência.

Durante o encontro, foi assinado o contrato de serviço do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Ministério de Portos e Aeroportos, no valor de R$ 100 milhões, para início da operação de dragagem na foz do rio Madeira, na localidade de Tabocal, para preservar a navegabilidade do trecho onde o rio Madeira encontra o curso do rio Amazonas. 

Entre as demandas de médio e longo prazos apresentadas na reunião estão a necessidade de aceleração da regularização fundiária no Amazonas e a elaboração de um plano nacional hidroviário, com foco na região amazônica, fortemente integrada pelo modal hidroviário. 

Quanto ao avanço dos estudos para a perenização da rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho (RO), o vice-presidente confirmou que os estudos estão previstos no Novo PAC. “O Ministério dos Transportes já instalou um grupo de trabalho e vai atuar para chegar a uma definição o mais rápido possível”, disse Alckmin.

Ao final do encontro, foram anunciadas as medidas adotadas pelo Governo Federal, incluindo:

  • Destinação de R$ 138 milhões pelo Ministérios de Portos e Aeroportos para dragagem de rios (sendo R$ 38 milhões no alto rio Solimões e R$ 100 milhões na foz do rio Madeira).
  • Para os municípios com situação de emergência declarada, serão destinados R$ 61,8 milhões, dos quais já foram publicados R$ 11,9 milhões para projetos municipais com planos de trabalho aprovados. 
  • O Ministério da Saúde destina mais R$ 232 milhões para custeio emergencial e aumento do Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade de municípios do estado.
  • É previsto também o aporte de R$ 5 milhões do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para ações ambientais.
  • O Fundo da Amazônia pré-aprovou a destinação de R$ 35 milhões em recursos não-reembolsáveis, para prevenção de queimadas e outras medidas ambientais, mediante apresentação de projeto pelo estado.
  • O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinará R$ 15 milhões para aquisição de aeronaves para combate a queimadas e outros R$ 20 milhões para o Corpo de Bombeiros.
  • O Ministério da Defesa estima a disponibilização de até R$ 20 milhões para custeio das operações de apoio logístico na região, com uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), dois helicópteros do Exército, embarcações da Marinha e a mobilização de 350 militares.
  • Será antecipado o desembolso de R$ 100 milhões relativos a emendas parlamentares já aprovadas.

O total de R$ 627 milhões não inclui os valores que serão destinados ao seguro-defeso para pescadores ou a outros auxílios emergenciais.

Coordenada pelo vice-presidente, a reunião contou com a presença do governador amazonense, Wilson Lima, dos ministros-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e dos ministros Renan Filho, dos Transportes, Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional. 

Também participaram o prefeito de Manaus, David Almeida, os senadores pelo estado do Amazonas Omar Aziz e Eduardo Braga, além de deputados federais da bancada do estado.

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