O número de assinantes do Disney+ cresceu em um ritmo mais acelerado do que o da Netflix, de acordo com informações reveladas nesta quinta-feira (13). O serviço de streaming da Disney alcançou 103,6 milhões de clientes em todo o mundo no dia 03 de abril, adicionando 8,7 milhões de assinantes no primeiro trimestre de 2021. Em contrapartida, a rival conseguiu 3,98 milhões de assinantes no mesmo período, apesar de ter mais assinantes no total (208 milhões).
Ainda assim, o Disney+ não atingiu a expectativa de crescimento, que era de chegar a 110,3 milhões de assinantes globais no primeiro trimestre, segundo a Bloomberg. O período foi marcado pelos primeiros aumentos de preços do serviço. Entretanto, a diretora financeira da Disney, Christine McCarthy, disse que essa movimentação não resultou em um aumento significativo na rotatividade de assinantes.
O cenário também teve impacto sobre a receita registrada pela empresa: US$ 15,61 bilhões, contra US$ 15,85 bilhões esperados. O prejuízo operacional do segmento de streaming diminuiu para US$ 290 milhões (contra US$ 805 milhões no ano anterior), mas o setor deve se tornar lucrativo até o fim de 2024, segundo as previsões da empresa.
Meta de 230 milhões de assinantes até 2024 se mantém
De acordo com o CEO Bob Chapek, ainda há muitos consumidores a serem alcançados nos Estados Unidos, considerando os pacotes com serviços adicionais (ESPN Plus e Hulu). Houve um aumento de 75% ano a ano de assinantes do ESPN Plus, chegando a 13,8 milhões. A empresa também mira na expansão internacional para impulsionar o Disney+.
Apesar da desaceleração, McCarthy afirma que o serviço permanece no caminho para atingir a meta da empresa de, no mínimo, 230 milhões de assinantes até o fim de 2024. “Parece que somos bastante resilientes, o que nos faz sentir relativamente otimistas no futuro”, comentou.
Disney registrou lucro de US$ 901 milhões
A empresa registrou lucro de US$ 901 milhões no trimestre (contra US$ 460 milhões do mesmo período do ano anterior). Diferentemente da Netflix, a Disney tem negócios mais diversificados, e pode se beneficiar com o retorno das atividades presenciais.
O setor de parques e experiências, que já foi o mais lucrativo da Disney, sofreu bastante com a pandemia, e registrou o quarto trimestre seguido de prejuízo operacional. A empresa já começou a reabrir alguns parques temáticos na Califórnia, entretanto ainda há um limite limite de capacidade de 25% e restrições de visitantes apenas para residentes na Califórnia.
Fonte: Tecnoblog