Ao tentar exaltar a beleza e importância do Teatro Amazonas, o governador Wilson Lima (União Brasil) foi detonado nas redes sociais, por conta de outro assunto: o atual secretário de Cultura, o ex-vereador Caio André (União Brasil). A classe artística e cultural tem questionado a escolha do chefe do executivo. “Um político com zero de experiência na área de cultura, foi um cargo simplesmente dado por camaradagem”, afirmam os internautas.
Depois de não conseguir se reeleger como vereador na Eleição de 2024, Caio André foi convidado pelo governador a ser o novo secretário de Cultura, vaga que passou a ocupar no dia 4 de janeiro deste de 2025, desde então, tem sido alvo de comentários negativos.
Em uma de suas mais recentes publicações, Wilson Lima divulgou que o Teatro Amazonas pode se tornar Patrimônio Mundial da Unesco, e recebeu uma chuva de críticas.
“Não precisamos de encenação e palavras bonitas, sou artista atuante neste estado desde 1985 e sou totalmente contra a primeira nomeação de um secretário de cultura meramente político, pela primeira vez os verdadeiros artistas e responsáveis pela produção cultural do estado estão totalmente insatisfeitos com essa nomeação sem nenhum conhecimento técnico ou experiência artística”,
“E cadê o diálogo com a base da classe artística amazonense? Boa gestão de cultura se faz com o povo, que é o verdadeiro detentor desse saber”, questionou outro.
Um dos pontos destacados pelos apoiadores da cultura, é que para conseguir ser contemplado em um edital, como na Lei Federal nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc (LAB), e a Lei 8.313/1991, conhecida por Lei Rouanet, precisa ter pelo menos dois anos de trabalho artístico ou cultural.
“Muito se fez pela cultura desse estado pelas mãos de verdadeiros gestores culturais, como a Marcos Apollo e Cândido Jeremias, futuro incerto nas mãos de quem não tem comprovação de capacidade técnica à frente da pasta da cultura! Para poder participar de um edital, é necessário comprovar dois anos de atuação na sua categoria, é o que um gestor precisa”, acrescentou outro amazonense.
Falando sobre a falta de experiência do ex-vereador os amazonenses apontam um suposto ‘cabide de emprego’:
“Enquanto isso a secretaria de cultura do AM será coordenada por Caio André, um político com 0 experiência na área de cultura, foi um cargo simplesmente dado por camaradagem. É um desrespeito com toda a classe artista. Wilson Lima, dialogue com artistas!”.
Veja alguns dos comentários:
Cabide de emprego
A página Minha Manaus e o jornalista João Serrão divulgaram um vídeo explicando os interesses políticos do governador em colocar um colega do mesmo partido e aliado político em um cargo que recebe milhões de investimentos por ano, e o uso do termo ‘cabide de empego’.
“Por que o comando da Secretaria Estadual de Cultura não pode ser cabide de emprego? Os trabalhadores da cultura no Amazonas estão enfrentando a decisão do governador Wilson Lima em nomear o ex-vereador Caio André como secretário de cultura. Os números da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc) e do orçamento anual da SEC ajudam a entender a importância de se ter uma pessoa da cultura gerindo esse recurso. No total, são mais de R$ 252 milhões para o setor”.
Veja:
*Com informações amazoniapress