O atacante Dudu, atualmente no Cruzeiro, está no centro de uma disputa judicial com Leila Pereira, presidente do Palmeiras, seu ex-clube. A dirigente moveu um processo cível contra o jogador, pedindo uma indenização de R$ 500 mil por danos morais, após declarações feitas por ele nas redes sociais no momento de sua saída do clube.
Leila afirma ter sido “brutalmente agredida” por Dudu em uma publicação no Instagram, onde o atleta utilizou a sigla “VTNC”, amplamente reconhecida como uma expressão ofensiva. Em sua defesa, Dudu e seus advogados argumentam que a sigla, no contexto em que foi usada, significava “Vim Trabalhar no Cruzeiro” e não tinha intenção de ofender.
A defesa do jogador afirma ainda que ele não saiu “pelas portas dos fundos” do Palmeiras, não causou prejuízos ao clube e que a rescisão contratual partiu da diretoria alviverde. Os advogados destacam que Dudu abriu mão de cerca de R$ 25 milhões em direitos, valor superior à proposta que havia sido feita pelo Cruzeiro no meio de 2024.
O jogador também acusa a presidente de ter praticado assédio moral e psicológico durante os meses que antecederam sua saída, alegando ter suportado a situação em silêncio. Ele nega ter xingado Leila diretamente e sustenta que a expressão usada pode ter múltiplas interpretações, não sendo suficiente para configurar ofensa à honra.
Leila, por sua vez, pede que Dudu seja condenado ao pagamento da indenização, com multa diária em caso de descumprimento de decisões judiciais. Ela declarou que, se vencer a causa, o valor será destinado a uma instituição que acolhe mulheres em situação de vulnerabilidade.
Além da ação cível, há um segundo processo, este na esfera criminal, em andamento na 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte. Nele, Leila acusa Dudu de injúria e difamação, crimes previstos no Código Penal Brasileiro.