O deputado estadual Ricardo Nicolau (Solidariedade) afirmou, nesta quarta-feira, 29, que o Amazonas vive uma crise generalizada na segurança pública e defendeu, mais uma vez, intervenção federal na pasta para diminuir a escalada da violência que assusta a população da capital e interior. A declaração foi feita após a divulgação dos dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, que colocam o Amazonas como o único estado do Brasil a registrar a maior variação no índice de mortes violentas, chegando a 49%.
“O governador do Amazonas perdeu o controle da segurança pública e a prova mais recente disso são esses dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Todos os dias, a população sai para trabalhar com medo. Todos os dias, vemos na imprensa crimes que resultam em mortes violentas e o nosso estado sendo, mais uma vez, destaque negativo nacional e até internacional”, disse Ricardo Nicolau.
O deputado voltou a defender o uso de tecnologia nas ações policiais como forma mais eficiente de combate ao crime. Entre 2019 e 2021, o Amazonas gastou quase R$ 6 bilhões com segurança pública.
“Hoje, a maioria dos adultos já têm registro com biometria do Tribunal Regional Eleitoral. No Detran, a mesma coisa. A inteligência precisa cruzar esses dados e, com câmeras de reconhecimento facial, fazer esse monitoramento. Hoje, vemos nas ruas de Manaus os cavaletes dizendo ‘aqui tem segurança’. Isso até parece piada, mas não é. Um absurdo. Está tudo errado e o governo não faz nada para mudar”, apontou.
Ricardo Nicolau afirmou, ainda, que é preciso valorizar os agentes de segurança, algo que o atual governo não vem fazendo.
“Não basta entregar viaturas, é preciso haver inteligência e valorização da tropa. Hoje, nossos homens e mulheres da segurança sequer têm direito às promoções retroativas. Fazem segurança pública como se fazia há cem anos e o resultado de todo esse caos se reflete nas ruas com a escalada da violência. As mortes violentas no Amazonas são o resultado da incompetência do governador”, enfatizou.
Conforme o anuário, mortes violentas intencionais correspondem à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal e morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora. No Amazonas, foram 1.121 mortes violentas em 2020 e 1.670 em 2021 de acordo com o documento.
Manaus também teve destaque negativo ao registrar aumento de 48,9% no índice de mortes violentas intencionais. Em 2020, a capital do Amazonas teve 783 mortes violentas e no ano seguinte esse número subiu 1.185.
Violência no interior
O parlamentar destacou que a falta de gestão na segurança também é evidenciada no interior do estado.
“Vítimas do narcotráfico e de piratas dos rios estão desaparecendo todos os dias. Infelizmente, as populações ribeirinhas e indígenas convivem com os assaltos e a ação criminosa do narcotráfico e do garimpo ilegal em vários rios do Amazonas. Além de não podermos mais andar nas ruas com tranquilidade, agora, os rios também estão na mesma situação. É preciso ter pulso firme e coragem para enfrentar a criminalidade. O Amazonas não pode ser visto como uma terra de ninguém”, ressaltou o deputado.
Uma resposta
O Amazonas possuí a Polícia Penal constante do rol taxativo da Segurança Pública, conforme o artigo 144, VI, CF/88, artigo 114, V, da Constituição do Amazonas e Lei 3.510/2010 com sua última alteração, mas, infelizmente o Governador não regulamentou para se ter mais uma POLÍCIA nas ruas combatendo os crimes dentro e os relacionados com os presídios, no caso, o crime organizado, uma vez que é lá de dentro do cárcere que vem as ordens que desestabiliza a Segurança Pública no Estado do Amazonas.
Espera-se que o Governador ou o que entrar regulamente imediatamente a nova Polícia, uma vez que quem ganha é toda a sociedade.
Se já estivesse feito a Polícia Penal já estaria atuando como está fazendo com maestria nós demais Estados Brasileiro.
É UMA OPÇÃO PARA FREAR A SENDA DESSES CRIMINOSOS QUE, MESMO PRESOS, CONTINUAM AGINDO.