Manaus – Um vídeo que circula nas redes sociais levanta sérias questões sobre o uso de recursos públicos na capital amazonense. As imagens mostram servidores da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) utilizando materiais e mão de obra pública para pintar um muro particular nas proximidades da Lagoa da Compensa, na zona oeste da cidade.
Conforme o vídeo, o que mais chama a atenção é que a pintura no muro, ao invés de ser um serviço de infraestrutura pública, se trata de divulgação e propaganda de um festival folclórico. No registro, os servidores aparecem em plena atividade, com uniforme e equipamentos que seriam destinados a obras e manutenção da cidade, mas aplicados em um espaço privado para fins comerciais ou de evento.
Curiosamente, a Lagoa da Compensa, que abriga o parque de mesmo nome, encontra-se atualmente fechada para o público, com previsão de abertura no dia 15 de junho. A presença dos servidores e a atividade de pintura em um local associado a um evento futuro, enquanto o parque está inoperante, intensifica as dúvidas sobre a prioridade e a destinação dos recursos da Seminf.
(Foto: Reprodução)
Na última sexta-feira (30), indignado com a situação precária de uma rua, um morador decidiu agir por conta própria e instalou uma placa de alerta em um buraco no Conjunto Santos, bairro da Paz, zona centro-oeste de Manaus. O aviso improvisado chamava a atenção com a frase: “Cuidado! Buraco do meu prefeito”.
Segundo o morador, ele já havia solicitado pessoalmente a um engenheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) que tomasse providências. O servidor pediu a localização da rua onde estaria o buraco e disse que iria ‘ver’. No entanto, em vez de resolver o problema, câmeras de vigilância da área registraram o momento em que um veículo oficial da Prefeitura de Manaus parou ao lado do buraco e, em vez de realizar algum reparo, apenas retirou a sinalização feita pela comunidade.
A ação revoltou o morador, que não desistiu e no dia seguinte, colocou uma nova placa no mesmo local, desta vez com o recado mais ácido: “Placa n°2: a primeira a prefeitura levou, mas o buraco ficou”. Ele relatou ainda que várias ruas do conjunto apresentam o mesmo problema – a falta de manutenção nas ruas que estão esburacadas.
A denúncia gera questionamentos sobre a legalidade da ação e o desvio de finalidade dos bens públicos. Enquanto a cidade enfrenta desafios em infraestrutura.
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