A Ucrânia acusou a Rússia de ter feito ataques com armas termobáricas, ou bombas de vácuo, ao seu país durante a invasão. As armas termobáricas são conhecidas pelo seu terrível poder de destruição, e como a bomba não-nuclear mais poderosa do mundo.
A acusação foi feita por Oksana Markova, embaixadora da Ucrânia na ONU, e também confirmada por Ben Wallace, secretário de segurança do Reino Unido.
Segundo a BBC, uma bomba termobárica teria sido usada pelo exército russo para destruir a refinaria de petróleo de Okhtyrka, em Sumy, Ucrânia. No entanto, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse não ter nenhuma confirmação disso.
No dia 26 de fevereiro, um vídeo da CNN mostrou o lançador de foguetes russo TOS-1 sendo deslocado ao sul de Belgorod (Belgroda), cidade russa que fica a cerca de 40 km da fronteira com a Ucrânia. O TOS-1 tem capacidade para 24 tubos de foguetes termobáricos de 220 mm.
Além disso, os russos também negam o uso, mas o vídeo acima mostra que muito provavelmente estão apenas querendo enganar os ucranianos e o resto do mundo. Segundo o WSJ, a embaixada da Rússia em Washington não respondeu aos pedidos de uma declaração, mas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou o uso de armas termobáricas de “completa farsa.”
O que são as armas termobáricas, ou bombas de vácuo
Mas, o que são armas termobáricas? Bombas e explosivos de vácuo não são uma novidade, já que a tecnologia foi criada na Alemanha na Segunda Guerra. As armas termobáricas vem sendo usadas há décadas, tanto pela Rússia quanto pelos Estados Unidos.
As armas termobáricas foram usadas pelos Estados Unidos nas cavernas do Afeganistão 20 anos atrás, na caçada a Osama Bin Laden, e os russos inclusive usaram bombas de vácuo contra a Ucrânia em 2014. Um teste feito pelos russos em 2007 com armas termobáricas teve um resultado de destruição de 44 toneladas, segundo um relatório do Center for Arms Control and Non-Proliferation, publicado na terça (1).
