Um vídeo divulgado pelas autoridades colombianas mostra o maior narcossubmarino já encontrado, apreendido pela Marinha do país na última terça-feira. A embarcação de 30 metros de comprimento e e três de largura levava o equivalente a R$ 507 milhões de reais em drogas, quando foi interceptada no Oceano Pacífico. Três colombianos foram presos.

As imagens também dão uma dimensão da quantidade de cocaína levada pelo narcossubmarino. Veja o vídeo abaixo:

Vídeo mostra maior narcossubmarino já encontrado, que levava R$ 507 milhões em drogas

O semissubmersível foi capturado quando seguia para a América Central, uma das rotas mais utilizadas para o tráfico ilegal para os Estados Unidos, principal consumidor mundial de cocaína colombiana.

Esse é o maior semissubmersível identificado desde o início dos registros, em 1993, no maior produtor de cocaína do mundo. Os tripulantes detidos alegaram ter sido “obrigados por uma organização do narcotráfico a embarcar e levar o semissubmersível com o alcaloide para a América Central”, segundo um boletim.

Após a operação, os homens de 63, 54 e 45 anos foram conduzidos a Tumaco (sul) para serem entregues à justiça. Segundo cálculos da Marinha, a apreensão significou um prejuízo de US$ 103 milhões (R$ 507 milhões) para a organização. Fabricados na Colômbia, esses barcos rústicos e leves percorrem a superfície da água com distâncias maiores que as lanchas e são difíceis de rastrear pelas autoridades.

A legislação do país pune uso, construção, comercialização, posse e transporte de semissubmersíveis com penas de até 14 anos de prisão. Depois de meio século de guerra contra as drogas com financiamento e ajuda dos Estados Unidos, a Colômbia continua batendo recordes de produção de cocaína.

Em 2021, o plantio da safra de onde é extraída a droga ocupou 204 mil hectares, e a produção de cloridrato de cocaína ficou em torno de 1,4 mil toneladas, segundo a ONU. Atingida por mais de meio século de conflito armado, a Colômbia não conseguiu extinguir a violência financiada pelo narcotráfico, que deixou mais de 9 milhões de vítimas.

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